“O dever de
fomentar as vocações pertence a toda a comunidade cristã, que as deve promover sobretudo
mediante uma vida plenamente cristã; mormente para isso concorrem quer as
famílias, que animadas pelo espírito de fé, de caridade e piedade, são como que
o primeiro seminário, quer as paróquias, de cuja vida fecunda participam os
mesmos adolescentes”(OT 2)
O
mês de agosto é para nós um tempo muito especial. Nós o chamamos de mês
vocacional. É claro que todos os dias são propícios para lançarmos a semente
vocacional no terreno da existência de nossos jovens. A Igreja, neste mês
vocacional, contempla todas as vocações, mas quero destacar especialmente a
vocação sacerdotal. Antes partilho com todos uma grande alegria. Em nossa
diocese não faltam jovens que são chamados anualmente a integrarem nossas
comunidades formativas para que aí possam fazer um discernimento e dar uma
resposta afirmativa a Deus que os chama. Nossa diocese conta com um bom grupo de
presbíteros diocesanos e de duas congregações religiosas que nos auxiliam
significativamente. Somos muito gratos aos padres religiosos, palotinos e
josefinos, que integram nosso presbitério.
Mas
não nos acomodemos. Continuar trabalhando para que tenhamos mais sacerdotes,
não somente para esta diocese, mas também para outras dioceses, especialmente
para às que estão na grande Amazônia, é uma exigência da própria Igreja.
Como
o próprio texto acima, que retirei do Decreto Optatam Totius sobre a formação
sacerdotal, do Concílio Vaticano II que celebra seu Jubileu de Ouro a partir
deste ano, todos somos responsáveis pelas vocações sacerdotais. Tenhamos
certeza de que Deus continua chamando de diversas formas. Mas é preciso que
nossos vocacionados tenham condições favoráveis para escutarem o chamado e
possam dar uma resposta positiva a Deus que os chama. Daí a necessidade de uma
vida cristã mais comprometida e fervorosa. Não raro escutamos testemunhos onde
o catequista foi sinal do chamado sacerdotal; os pais que rezavam para que um
filho fosse chamado; e tantos outros casos, onde os avós, uma tia, um primo ou
um amigo. Eu mesmo tive como mediação do chamado o meu pároco, e depois alguns
seminaristas que me falaram de vocação sacerdotal e um casal de primos. A minha
resposta não foi imediata, mas certamente o convite que me fizeram contribuiu
para que mais tarde eu desse uma resposta positiva. Não tenho dúvidas disso.
Daí a necessidade de semearmos sempre em qualquer tempo. Como na parábola do
semeador em Mateus 13, é Deus quem faz nascer, crescer e frutificar. Estamos
num tempo privilegiado onde nossa juventude está muito motivada com a JMJ. Os
jovens de todo o Brasil e do mundo inteiro estão com os olhos voltados para o
grande evento no Rio de Janeiro em 2013.
Aproveitemos
deste terreno fecundo para lançarmos a semente vocacional no coração de nossos
adolescentes e jovens e os ajudemos para que tenham condições favoráveis para
um adequado discernimento vocacional.
Desejo
que todas as nossas comunidades eclesiais se esforcem por serem fecundas suscitando, assim, abundantes e santas vocações
para toda a Igreja.
Que
os sacerdotes, pelo seu testemunho, zelo pastoral, humildade, ânimo sempre
alegre, como também pela caridade sacerdotal e fraternidade presbiteral
favoreçam o surgimento das vocações em suas paróquias e comunidades atraindo
para Cristo os nossos adolescentes e jovens para o sacerdócio.
Enfim,
faço um apelo a todos para que em nossas orações pessoais, em família e,
especialmente na Igreja, com a comunidade, nos grupos de oração, grupos de
vivência, nos encontros de jovens, de adolescentes, nas diversas reuniões
realizadas em nossa Diocese através dos movimentos e pastorais, nas Adorações
ao Santíssimo, na visita aos doentes, na catequese e, principalmente, na
celebração da Santíssima Eucaristia, que em todos esses momentos nos sintamos
motivados para “orar ao Senhor da messe para que envie mais operários para sua
messe” (cf. Mt 9, 37-38; Lc 10, 2).
Que
a Virgem Maria, Rainha dos Apóstolos, sempre nos guie e acompanhe no caminho da
fé e da caridade, e assim sejamos todos ardorosos e incansáveis discípulos
missionários de Cristo.
Dom
Celso A. Marchiori
Bispo
Diocesano de Apucarana
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