quarta-feira, 1 de agosto de 2012

TODOS SOMOS RESPONSÁVEIS PELAS VOCAÇÕES SACERDOTAIS




“O dever de fomentar as vocações pertence a toda a comunidade cristã, que as deve promover sobretudo mediante uma vida plenamente cristã; mormente para isso concorrem quer as famílias, que animadas pelo espírito de fé, de caridade e piedade, são como que o primeiro seminário, quer as paróquias, de cuja vida fecunda participam os mesmos adolescentes”(OT 2)
O mês de agosto é para nós um tempo muito especial. Nós o chamamos de mês vocacional. É claro que todos os dias são propícios para lançarmos a semente vocacional no terreno da existência de nossos jovens. A Igreja, neste mês vocacional, contempla todas as vocações, mas quero destacar especialmente a vocação sacerdotal. Antes partilho com todos uma grande alegria. Em nossa diocese não faltam jovens que são chamados anualmente a integrarem nossas comunidades formativas para que aí possam fazer um discernimento e dar uma resposta afirmativa a Deus que os chama. Nossa diocese conta com um bom grupo de presbíteros diocesanos e de duas congregações religiosas que nos auxiliam significativamente. Somos muito gratos aos padres religiosos, palotinos e josefinos, que integram nosso presbitério.
Mas não nos acomodemos. Continuar trabalhando para que tenhamos mais sacerdotes, não somente para esta diocese, mas também para outras dioceses, especialmente para às que estão na grande Amazônia, é uma exigência da própria Igreja.
Como o próprio texto acima, que retirei do Decreto Optatam Totius sobre a formação sacerdotal, do Concílio Vaticano II que celebra seu Jubileu de Ouro a partir deste ano, todos somos responsáveis pelas vocações sacerdotais. Tenhamos certeza de que Deus continua chamando de diversas formas. Mas é preciso que nossos vocacionados tenham condições favoráveis para escutarem o chamado e possam dar uma resposta positiva a Deus que os chama. Daí a necessidade de uma vida cristã mais comprometida e fervorosa. Não raro escutamos testemunhos onde o catequista foi sinal do chamado sacerdotal; os pais que rezavam para que um filho fosse chamado; e tantos outros casos, onde os avós, uma tia, um primo ou um amigo. Eu mesmo tive como mediação do chamado o meu pároco, e depois alguns seminaristas que me falaram de vocação sacerdotal e um casal de primos. A minha resposta não foi imediata, mas certamente o convite que me fizeram contribuiu para que mais tarde eu desse uma resposta positiva. Não tenho dúvidas disso. Daí a necessidade de semearmos sempre em qualquer tempo. Como na parábola do semeador em Mateus 13, é Deus quem faz nascer, crescer e frutificar. Estamos num tempo privilegiado onde nossa juventude está muito motivada com a JMJ. Os jovens de todo o Brasil e do mundo inteiro estão com os olhos voltados para o grande evento no Rio de Janeiro em 2013.
Aproveitemos deste terreno fecundo para lançarmos a semente vocacional no coração de nossos adolescentes e jovens e os ajudemos para que tenham condições favoráveis para um adequado discernimento vocacional.
Desejo que todas as nossas comunidades eclesiais se esforcem por serem fecundas  suscitando, assim, abundantes e santas vocações para toda a Igreja.
Que os sacerdotes, pelo seu testemunho, zelo pastoral, humildade, ânimo sempre alegre, como também pela caridade sacerdotal e fraternidade presbiteral favoreçam o surgimento das vocações em suas paróquias e comunidades atraindo para Cristo os nossos adolescentes e jovens para o sacerdócio.
Enfim, faço um apelo a todos para que em nossas orações pessoais, em família e, especialmente na Igreja, com a comunidade, nos grupos de oração, grupos de vivência, nos encontros de jovens, de adolescentes, nas diversas reuniões realizadas em nossa Diocese através dos movimentos e pastorais, nas Adorações ao Santíssimo, na visita aos doentes, na catequese e, principalmente, na celebração da Santíssima Eucaristia, que em todos esses momentos nos sintamos motivados para “orar ao Senhor da messe para que envie mais operários para sua messe” (cf. Mt 9, 37-38; Lc 10, 2).
Que a Virgem Maria, Rainha dos Apóstolos, sempre nos guie e acompanhe no caminho da fé e da caridade, e assim sejamos todos ardorosos e incansáveis discípulos missionários de Cristo.


Dom Celso A. Marchiori
Bispo Diocesano de Apucarana

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