segunda-feira, 31 de outubro de 2011

E vocês? Vocês, nunca!



Em 1927, da distante Birmânia (hoje Mianmar) o bem-aventurado padre Clemente Vismara brindou seus jovens leitores e amigos ocidentais com o texto abaixo, inspiradamente desafiador. Uma experiência desfrutada apenas por um missionário.
"A noite escura tudo enluta, tudo igua­la. Na mata cerrada, sem fim, com os meus pequenos, faço reviver uma festa de infância, quando Papai Noel enchia de doces as meias e, em meio à expec­tativa geral, acendo uma das cem cepas de bambu, extirpadas para dar lugar ao orfanato. Num instante, uma labareda, que a tudo dá vida e a todos alegra, cre­pitante, uivando, toca o céu. E vocês? Vocês, nunca!
Não posso dormir; o encanto da nature­za me arrebata. O céu me sorri, as estre­las me piscam, a lua me dá luz, o rio, na areia do qual estou sentado, me fala, a árvore que me protege gesticula, a brisa me acaricia. Viva o missionário, o rei da floresta!
Amarrando as sandálias, esticando os membros, sem camisa, corro ao riacho e, na água virgem, lavo meu rosto, onde os peixinhos perseguem as bolhas de sabão que fogem, levadas pela corrente. E vocês? Vocês, nunca!
Sozinho na minha cabana, rezo o rosário, enquanto o meu gatinho, com suas pati­nhas, gentilmente puxa o terço, como se quisesse unir-se a mim para louvar a Mãe. E vocês? Vocês, nunca!
No meio de uma multidão de curiosos, com minha pinça, arranco um dente e o entrego ao paciente, entre aclamações gerais.
Com a boina debaixo do braço, ao pôr do sol, entro numa aldeia da montanha. Num instante, torno-me o senhor do lu­gar, pois todos correm quando aparece a minha longa barba. E vocês? Vocês, nunca!
Faminto e sozinho pelo caminho perdi­do, corto com o facão um grosso bambu e dele faço uma panela. Com outro, faço uma peneira. Recolho gravetos secos e acendo o fogo. Tiro água do riacho e c loco os aspargos e os grossos brotos do bambu nascente para nadar... E vocês? Vocês, nunca!
O tempo se enfurece e não dá para escapar. Quatro facadas. Com grossas bananeiras e com suas longas, largas e resitentes folhas, em cima de quatro bambus entrecruzados, construo a minha casa: Sou mais feliz do que o caracol! E vocês? Vocês, nunca!
De uma fenda na parede da cabana, aponto a espingarda, derrubo um javali... e garanto a refeição. E vocês? Vocês, nunca!

Sentado num tronco queimado,  à noite avançada, perdido numa garganta da selva, molestado por pernilongos, catequizo cinco famílias de ladrões de marca maior... E vocês? Vocês, nunca!
Meu travesseiro é de penas de aves, meu tapete é a pele de um veado, meu cabide fiz com os chifres de um cervo, todos vítimas da minha espingarda.E vocês? Vocês, nunca!
Aqui em Monglin, vivo sem casa; des­perto sem despertador; lavo-me sem bacia; rezo sem igreja; como sem toalha; caço sem licença; viajo sem dinheiro; engano sem culpa; traba­lho sem descanso; estou alegre sem teatro; passeio sem sapatos; estudo línguas sem parar; não passo um dia sem aborrecimentos; vivo sem ami­gos; dou de comer a quarenta crian­ças todos os dias; envelheço sem perceber e, com certeza, vou morrer sem remorsos, porque  homem alegre o Céu o ajuda.  E vocês? Vocês, assim? Nunca, se não vierem, e logo, para serem meus companheiros!"

domingo, 30 de outubro de 2011

Amemos a Deus nos irmãos.

A primeira Leitura deste domingo nos mostra como, na história do povo de Deus, foram muitos os que se desviaram do bom caminho, ou seja, não procederam bem, de acôrdo com a vontade de Deus. Tiveram assim de prestar contas a Deus por tal procedimento.
Nosso Senhor, no texto do Evangelho de hoje, censura fortemente os escribas e fariseus. Impuseram aos outros aquilo que não faziam. Que pena não aceitarem a conversão que Jesus Cristo lhes ofereceu!
Hoje infelizmente também há quem assim proceda. Por isso vemos tanta desorientação na sociedade! Inventam-se obrigações que ninguém consegue cumprir, mas esquece-se o essencial: o Amor a Deus e n’Ele ao próximo.
Este é o único caminho a seguir. Só este é o caminho certo da salvação.
Quem ama a Deus não comete o pecado.
Quem ama a Deus cumpre os Mandamentos.
Quem ama a Deus escuta-O e vive unido a Ele pela oração.
Quem ama a Deus recebe os sacramentos que Jesus Cristo nos deixou.
Quem ama a Deus faz bem aos outros.
Quem ama a Deus ajuda, aconselha, acompanha.
Quem ama a Deus combate o crime, a destruição, os atentados, a guerra.
Quem ama a Deus procura viver na verdade e na paz.
Amar a Deus é a melhor maneira de tornar o mundo melhor!
Outrora muitos seguiram o bom caminho. Estes que foram fiéis a Deus receberam de Deus força e coragem para seguirem sempre em frente.
Os Apóstolos e os Santos foram louvados pelo Senhor. Com o exemplo apontaram aos outros aquilo em que acreditaram. Receberam no fim a recompensa merecida.
A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de S. Paulo. Após a conversão, consagrou-se inteiramente ao Senhor no apostolado junto dos irmãos. Quantas conversões Deus operou por seu intermédio! Quantos cristãos se tornaram santos com a sua pregação!...
Nós, cristãos do século XXI, neste início do terceiro milênio, temos uma grande missão a cumprir no mundo.


Quando entramos nas escolas vemos em muitas delas o Crucifixo onde está a imagem d’Aquele que nos salvou. Quantos alunos, professores, funcionários e pais encontram n’Ele a razão de ser das suas vidas! Porquê os querem retirar? !...
Quando vamos pelas estradas do nosso País vemos cruzeiros, imagens de Nossa Senhora e dos santos. Não consintamos que sejam substituídos por estátuas de pessoas que não são referência para os crentes.
Quando se tenta legalizar a morte de seres inocentes no seio da mãe ou de idosos que tanto trabalharam para nós vivermos bem agora, gritemos: a vida é um dom de Deus que deve ser respeitada por todos.
Quando se tenta destruir a família com o divórcio ou se tenta equiparar o casamento a aberrações que envergonham homens e mulheres, lembremos que a sociedade será feliz na medida em que as famílias forem felizes.
Cristo conta conosco. Maria Santíssima acompanha-nos. Sejamos fiéis à nossa vocação. A vida não termina neste mundo. Depois do tempo que vivermos aqui, nesta terra, será a eternidade no Céu!



Por Dom Antonio Carlos Rossi Keller Bispo de Frederico Westphalen (RS)

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A Santa Igreja!


Sim, a Santa Igreja. A foto acima postada não é atoa, tem um significado. O Santo Padre, o Papa, ajoelhado perante a cruz.
Pois é, a cruz de Cristo, único meio de salvação para nós cristãos. Povo único de Deus, sem distinção.
Através da cruz, nos remete Cristo, Deus Pai, Deus Espírito Santo, a Virgem Maria e o Santo Padre, nos remete à Pedro, ao Magistério, à Doutrina etc., todos os meios necessários para uma plena conversão e salvação.
 Muitos hoje falam em diversidade religiosa e outros meios que vão nos falar que conseguimos a salvação por diversos meios que não estes. Posso até concordar, mas prestem a atenção no PLENA que coloquei na frase dita.
Nós, Católicos Apostólicos Romanos temos 2.000 anos de tradição ininterrupta, com o sucessor de Pedro sempre nos guiando nos momentos de obscuridade. Somso a Igreja que Jesus deixou sobre Pedro, pedra e fundamento.
É triste vermos os "católicos" indo contra as idéias do Santo Padre e da Igreja, indo a favor do aborto, da eutanásia, da paganização dos domingos e dias de festa, da indiferença aos ensinamentos da Igreja, do desconhecimentos dos Sagrados Documentos.
O Santo Padre leva nossos erros sobre suas costas, reza por nós a todo instante e ainda tem "católicos" que não o respeitam e falam um mal danado. Só tenho uma coisa a dizer: coitados.
Posso ser interpretado como radical ou qualquer coisa do gênero, ams não ligo, pois é aí, no seio da Mãe Igreja, dirigada por Jesus Cristo na pessoa do Santo Padre que nasce as vocaçãos sacerdotais, que ajudam e evangelizam tantas gentes, que levam cristo Esucarístico aos doentes, que levam a Salvação para muitos atravpes da Penitência, quão grande é este mistério.
Adoremos Jesus Cristo, nosso ETERNO SALVADOR, respeitemos o Santo Padre.
Que Cristo esteja com vocês em todos os momentos de vossas vidas. Contem sempre com a oração da Igreja, a interseção da SEMPRE Virgem Maria.
Cristo Ressuscitado possa fortalecer você animador vocacional e você vocacionado a ser sempre firme na fé que Ele mesmo lhe deu e na vocação que Ele lhe confia.
Lutemos para infundir nos corações das nações, de nossa família e de nosso meio o REINO DE CRISTO E A GLÓRIA DE DEUS, assim teremos um mundo melhor e mais fiél, conforme a vontade de Cristo!



ORAÇÃO PELO PAPA:

Ó Jesus, Rei e Senhor da Igreja: renovo, na vossa presença, a minha adesão incondicional ao vosso Vigário na terra, o Papa. Nele, quiseste mostrar o caminho seguro e certo que devemos seguir, em meio à desorientação, à inquietude e ao desassossego. Creio firmemente que, por meio dele, vós nos governais, ensinais e santificais, e que, sob o seu cajado, formamos a verdadeira Igreja: una, santa, católica e apostólica.
Concedei-me a graça de amar, viver e propagar, como filho fiel, os seus ensinamentos. Cuidai de sua vida, iluminai a sua inteligência, fortalecei o seu espírito, defendei-o das calúnias e da maldade. Aplicai os ventos erosivos da infidelidade e da desobediência, e concedei que, em torno a ele, a vossa Igreja se conserve unida, firme na fé e nas obras, e seja assim o instrumento da vossa redenção. Assim seja!

Terço Missionário!

As cores missionárias


Continente significa cada uma das grandes divisões da Terra. E estas divisões tornam-se conhecidas por um nome: Ásia, África, Europa, América, Oceania.

No contexto missionário, cada um deles receberam uma cor que osrepresentam:
 A cor verde recorda a África, com suas florestas e tam­bém a esperança do crescimento da Fé cristã, graças também aos missionários que lá se encontram.

 A cor vermelha lembra as Américas, por causa da cor da pele dos primeiros habitantes, os índios, (“os peles-ver­melhas”, como foram chamados na América do Norte) e também o sangue dos mártires, derramado por estes povos na época da conquista destas terras pêlos euro­peus e nos nossos dias. Mártires de ontem e de hoje.

 A cor branca representa a Europa, terra da raça branca. É também o continente que tem a presença do Papa, o grande mensageiro e missionário da paz.

 A cor azul lembra a Oceania, continente formado por muitas ilhas e necessitado de missionários, mas que já envia seus missionários para outras ter­ras, inclusive para o Brasil. É também o continente da ecologia, ou seja, o que mais luta pela preserva­ção da natureza.

 A cor amarela representa a Ásia, continente da raça amarela, berço das antigas civilizações, cul­turas e religiões. Lá se encontra quase metade da população do planeta e a menor porcentagem de cristãos. Vivem os extremos da riqueza e da pobreza.

COMO SURGIRAM AS CORES DOS CONTINENTES? 
O bispo Fulton Sheen, quando era diretor das POM dos Estados Unidos, teve a ideia do Rosário Missionário. O rosário é formado por cinco dezenas, que são rezadas meditando-se em quatro "mistérios" da vida cristã. Cinco também são os continentes do mundo. Ele escolheu uma cor para cada continente que, de alguma forma, recorda suas características. A cor representa cada povo e cada cultu­ra. O Rosário Missionário, além da devoção a Maria, mãe de Jesus, tem como objetivo unir pela oração todos os filhos de Deus presentes no mundo inteiro. Por isto a contemplação de cada mistério traz uma reflexão sobre cada continente. "A ora­ção deve acompanhar os passos dos missionários, para que o anúncio da palavra se torne eficaz, pela graça divina."



Rezar este terço é simples. Contemplamos os ÚNICOS mistérios instituídos pela Santa Igreja e colocamos a intenção da missão nestes países, para que a Palavra de Deus possa chegar a todos através da Igreja de Cristo, Católica, Apostólica e Romana.
Que possamos ser firmes nesta fé inabalável que Jesus nos deu!
PAX...

"A devoção a Nossa Senhora é condição necessária para tudo quanto diga respeito à salvação da civilização e salvação eterna" (São Luís Maria Grignion de Montfot)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A arte de conviver



Conta-se que alguns milênios atrás, quando o gelo cobria grande parte do globo terrestre, muitos animais desapareceram porque não resistiram ao intenso frio. Uma manada de porcos-espinhos, procurando sobreviver, passou a morar em uma caverna. Para se proteger do pesado frio, encostavam-se uns nos outros. Cada um, assim, esquentava-se com o calor dos demais. O tempo foi passando e a manada cresceu. Sendo agora mais numerosos, tinham melhores condições de enfrentar aqueles animais que eram mais ferozes e fortes, e dos quais antes fugiam. Cada novo inverno os encontrava mais unidos, mais protegidos e resistentes. De repente, porém, passaram a se esquecer da proteção e do calor que recebiam dos outros. Começaram a reclamar dos espinhos dos companheiros e das feridas que nasciam pelo fato de viverem tão próximos. Esqueceram-se do rigor do inverno e  se separaram. De início, sentiram uma agradável sensação de liberdade e de alívio: não precisavam mais ter de suportar os dolorosos espinhos dos companheiros. Estavam livres dos sofrimentos! Mas a sensação de liberdade não durou muito: isolados, passaram a morrer congelados. Seu número diminuía continuamente. Alguns sobreviventes perceberam que também morreriam se não voltassem a se proteger mutuamente. Então, quando começou um novo inverno, dirigiram-se à antiga caverna. Procuraram, novamente, ficar perto dos demais, mas só o suficiente para se esquentar. Lembrados dos espinhos que cada um tinha, evitavam aproximações que pudessem causar novos sofrimentos. Descobriram que a convivência impunha-lhes limitações e dificuldades, mas somente dessa maneira tinham condições de sobreviver. Puderam, dessa maneira, atravessar a era glacial, enquanto que outras espécies de animais desapareceram, por causa do frio.
Viver é conviver. Temos o dom de nos acostumar com os nossos próprios defeitos e manias. Julgamos até que eles são verdadeiras virtudes – daí nossa reação, interna ou externa, quando alguém ousa nos criticar. Achamos que os outros, sim, é que tem comportamentos insuportáveis; são chatos, desagradáveis e não percebem os aborrecimentos que nos causam. Por que não mudam de comportamento? Por que não se esforçam para serem melhores? Por que temos de suportá-los?
Se tivéssemos a coragem de promover uma grande reunião com todas as pessoas que convivem conosco, e lhes pedíssemos que apontassem nossos defeitos, talvez a reunião terminasse de maneira trágica: riscaríamos esses amigos e conhecidos de nossa agenda. “Afinal, onde já se viu dizer aquilo tudo de mim? E eu que pensava que fossem meus amigos!...”
Quem somos? O que pensamos ser ou o que os outros pensam de nós? Somos o que pensamos ser; somos o que os outros pensam de nós; mas somos, acima de tudo, o que Deus pensa de nós. Só Ele tem uma visão global a nosso respeito. É o único que nunca se decepciona conosco. É que uma decepção tem como origem determinada expectativa não realizada. Ora, Ele sabe que somos pó, frágeis e fracos. Nós é que nos julgamos muito sábios e santos. Os outros talvez reajam contra nós porque sentem nossos “espinhos”. (Na verdade, para um porco-espinho, os próprios espinhos não incomodam; desagradáveis são os espinhos dos companheiros...).
Viver é conviver. É mais do que isso: é crescer nos relacionamentos. E cresceremos se nossos relacionamentos forem marcados pelo amor. O amor cristão (“Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” – Jesus Cristo) não se fundamenta nas virtudes dos outros, em sua bondade, delicadeza ou simpatia. A fonte desse amor é a gratuidade. Somos chamados a amar o próximo não porque ele seja bom; devemos amá-lo para que se torne bom e, acima de tudo, porque é uma imagem e semelhança de Deus. Talvez, em algumas pessoas, essa imagem não esteja muito nítida; poderá, até, estar deformada e feia. Não nos cabe julgar as razões disso e menos direito temos de condená-las. Amar é olhar cada pessoa com o olhar de Jesus Cristo - um olhar que é marcado pela misericórdia e pelo perdão, pelo carinho e pela a capacidade de fazer nosso o sofrimento do outro.
Dom Murilo S.R. Krieger, scj
Arcebispo de São Salvador da Bahia - BA

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Santo Padre proclama o "Ano da Fé para 2012


A Igreja está em festa!
O Santo Padre, o Papa Bento XVI proclamou, com a CARTA APOSTÓLICA 
SOB FORMA DE MOTU PROPRIO "PORTA FIDEI" (Porta da Fé) 
o "Ano da Fé". É um tempo de rever nossa fé em Cristo Jesus. Que possamos desde já, começar a viver com intensidade o a proposta do sucessor de São Pedro e que possamos através dos meios de comunicação divulgar o desejo do Santo Padre e o desejo da Santa Igreja!

Que possamos mostrar ao mundo que a Igreja de Cristo está viva e Unida em Nosso Senhor Jesus Cristo.
Leia a Carta Apostólica do Santo Padre clicando aqui!

Em Cristo, equipe diocesana do SAV!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

São Lucas, Evangelista


Nascido numa família pagã e convertido à fé, acompanhou o Apostólo Paulo de cuja pregação é reflexo o Evangelho que escreveu. Transmitiu noutro livro, intitulado Atos dos Apóstolos, os primeiros passos da vida da Igreja até à primeira estadia de Paulo em Roma. (Liturgia das Horas)

Lembrando também que São Lucas, dentro da Iconografia é representado por um touro, como podemos observar na imagem. O touro sempre simbolizou a força, a virilidade do homem, a fecundidade e como o evangelista narra com mais descrição o nascimento do salvador quer mostrar esse lado humano de Jesus, forte, inpulsivo, e até fecundo mesmo. A figura do boi, também caracteriza, com seu alto mugido a mensagem de Cristo para salvação universal, o que transparece da narração de LUCAS. (Colaboração: Dom Emanuel OSB)

Lembramos também que São Lucas é o patrono dos Médicos. Pessamos ao Senhor da Messe que porteja todos os médicos, para que a exemplo de São Lucas possam exercer sua profissão e vocação com total honestidade, caridade e sempre, com suas ações, anunciar o Reino de Cristo a todos!

Unidos em Cristo, equipe diocesana do SAV!
São Lucas, Rogai por nós!

sábado, 8 de outubro de 2011

O Reino dos céus...


O Reino dos Céus é ainda semelhante a um comerciante que anda em busca de pérolas finas. Ao achar uma pérola de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra.
(Mt 13, 45-46) .
Nesta brevíssima parábola, Jesus toca de maneira muito forte a imaginação dos seus ouvintes. Todos sabiam o valor das pérolas que, na época, ao lado do ouro, eram o que de mais precioso se conhecia.
Além disso, as Escrituras falavam da sabedoria, ou seja, do conhecimento de Deus como algo que não podia ser comparado nem mesmo “à pedra mais preciosa” (Sb 7,9).
Mas o que vem em evidência na parábola é o acontecimento excepcional, surpreendente e inesperado que, para aquele comerciante, significou o fato de ter visto, talvez num mercado, uma pérola cujo valor inestimável somente seus olhos experientes descobriram e da qual, portanto, ele poderia tirar um ótimo lucro. Daí porque, tendo feito as contas, ele decidiu que valia a pena vender tudo para comprar a pérola. E quem, no lugar dele, não teria feito o mesmo?
É este, portanto, o profundo significado da parábola: o encontro com Jesus, ou seja, com o Reino de Deus entre nós (é esta a pérola!), é aquela oportunidade única que não se pode deixar escapar, aplicando para isso todas as próprias energias e tudo aquilo que se possui, até às últimas consequências.
"O Reino dos Céus é ainda semelhante a um comerciante que anda em busca de pérolas finas. Ao achar uma pérola de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra.".
Não é a primeira vez que os discípulos se sentem postos diante de uma exigência radical, ou seja, diante daquele tudo que é necessário deixar para seguir Jesus: os bens mais preciosos, como os afetos familiares, a segurança econômica, as garantias para o futuro.
Mas essa exigência dele não é infundada e absurda. Por um “tudo” que se perde existe um “tudo” que se encontra, inestimavelmente mais precioso. Todas as vezes que Jesus pede alguma coisa, ele também promete dar muito, muito mais, numa medida superabundante.
Desse modo, com esta parábola Jesus nos assegura que teremos nas mãos um tesouro que nos deixará ricos para sempre. E, se pode parecer um erro deixar o certo pelo duvidoso, um bem seguro por um bem apenas prometido, pensemos naquele comerciante: ele sabia que aquela pérola era muito preciosa e esperava confiante o lucro que ela lhe renderia ao vendê-la.
Da mesma forma, quem quer seguir Jesus sabe, vê, com os olhos da fé, o ganho enorme que será participar com Ele da herança do Reino por ter deixado tudo, ao menos espiritualmente. Deus oferece a todos os homens uma ocasião como essa na vida para que saibam agarrá-la.
"O Reino dos Céus é ainda semelhante a um comerciante que anda em busca de pérolas finas. Ao achar uma pérola de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra.”
É um convite concreto a deixar de lado todos os ídolos que podem ocupar o lugar de Deus no coração: carreira, casamento, estudo, uma bela casa, profissão, esporte, diversão.
É um convite para colocar Deus no primeiro lugar, no vértice de todos os nossos pensamentos, de todos os nossos afetos, porque tudo na vida deve convergir para ele, e tudo deve provir dele.
Fazendo assim, procurando o Reino, segundo a promessa do Evangelho, o resto nos será dado por acréscimo (cf Lc 12,31). Colocando tudo em segundo plano pelo Reino de Deus, recebemos o cêntuplo em casas, irmãos, irmãs, pais e mães (cf Mt 19,29), porque o Evangelho tem uma evidente dimensão humana: Jesus é homem-Deus e, além do alimento espiritual, nos garante também pão, casa, roupa, família.
Talvez tenhamos que aprender com os “pequenos” a confiar mais na Providência do Pai, que não deixa faltar nada para quem dá, por amor, todo o pouco que possui.
No Congo, um grupo de jovens fabrica há alguns meses, com casca de banana, cartões artísticos que depois são vendidos na Alemanha. Inicialmente eles ficavam com tudo o que tinham lucrado (com isso alguns conseguem sustentar a própria família). Agora decidiram colocar 50% do lucro em comum e 35 jovens desempregados receberam uma ajuda financeira.
E Deus não se deixou vencer em generosidade: dois destes jovens deram um tal testemunho na empresa onde trabalham, que diversos comerciantes, precisando de mão-de-obra, foram procurar essa empresa. Deste modo, nada menos que 11 daqueles 35 jovens encontraram um trabalho fixo.





Chiara Lubich

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

“Dominus quo vadis” – Para onde vais, Senhor?


Irmãos, esse relato é segundo a tradição de nossa Igreja.
No auge da perseguição dos cristãos, os assessores, amigos e seguidores de Pedro faziam de tudo para protegê-lo, pois temiam por sua integridade física e pela sua vida. A presença de Pedro no meio deles era muito importante para o bem da Igreja. Por esse motivo, convenceram-no de que, para ter segurança, era necessário sair de Roma. Mesmo contrariado, o apóstolo atendeu o pedido.

Quando estavam na Via Appia (principal via de acesso a Roma) já fora da cidade, Pedro que estava com alguns assessores, avistou um homem que vinha em sentido contrário. Quando este se aproximou, Pedro reconheceu que era Jesus (segundo a tradição, apenas Pedro o viu), e perguntou para Jesus: “Dominus quo vadis”, que quer dizer: “Para onde vais, Senhor?”. Jesus respondeu que estava voltando para Roma para morrer com seu povo.
Quando Pedro ouviu o que Jesus disse, entendeu que precisava voltar para Roma. Mesmo contrariando a vontade de seus assessores, era mais importante atender a vontade do Senhor. Logo depois deste fato, Pedro foi preso e morto pelos romanos.
Como Pedro, cada um de nós é convidado a fazer essa experiência de perguntar “Para onde vais, Senhor?”. Precisamos perceber se a nossa caminhada está no mesmo sentido ou no sentido contrário da vontade de Deus em nossa vida. Pedro, mesmo sabendo que seu fim era o martírio, preferiu fazer a vontade do Senhor Jesus! Preferiu morrer junto com seu povo.
Como jovens, temos que fazer essa experiência. Reconhecer Jesus e buscar a Sua vontade, neste tempo com tantas adversidades e tentações, é um ato de coragem. Entretanto, somos convidados a perguntar “Para onde vais, Senhor?” muitas vezes e em muitas dimensões da nossa vida:
Na minha família;
Nas minhas decisões;
Em meu trabalho com a juventude.
O que tem ocupado o primeiro lugar em minha vida? Tenho feito renúncias para servir a Jesus? Quero morrer com meu povo? É tempo de viver essa experiência forte com Jesus e deixá-la ser irradiada em nossa comunidade, paróquia, diocese. Não podemos fugir de nossa “Roma”. A nossa “Roma” é nossa juventude.
QMarcio-Zolinue o Espírito Santo ilumine nossa resposta a Jesus!
Abraço fraterno!
Márcio Zolin é coordenador do Ministério Jovem da Renovação Carismática Católica

domingo, 2 de outubro de 2011

Todos somos missionários



“Ide, portanto, e fazei com que todos os povos se tornem meus discípulos...”(Mt 28, 19)


Amados irmãos e irmãs, mais uma vez nos encontramos. Alegro-me por poder me comunicar com vocês. Desde já os abençôo no Senhor.

Neste mês de outubro, mês que nos faz lembrar mais intensamente de Missão, de vida missionária, quero aproveitar deste espaço para motivar e incentivar a todos a se despertarem mais intensamente para esta dimensão eclesial. Conforme Bento XVI, que este mês seja uma oportuna ocasião para renovarmos nosso compromisso de anunciar o Evangelho e dar às atividades pastorais um ímpeto missionário mais amplo, e, assim, que todos nos sintamos responsáveis anunciadores do Amor que salva!

Sim, “todos somos missionários na Igreja. Ninguém se exclui. Uma vez batizados, e por meio do Batismo, mergulhados no amor eterno da Santíssima Trindade, continuamos nosso caminho, peregrinando sobre a terra, como discípulos missionários de Jesus Cristo”. (DAp 103)

Muitas coisas podemos fazer para ajudar a obra missionária da Igreja, sobretudo através da oração que é uma tarefa de todos. 

Em nossa Diocese, neste mês de outubro, além da oração, e de coletas que vamos realizar em favor das Missões, cuidemos do trabalho missionário já iniciado em Rondônia, na Diocese de Guajará-Mirim, nossa Igreja irmã, onde mantemos dois irmãos Presbíteros e um Diácono Permanente. É muito bom para aquela Igreja Particular poder contar com nossa solidariedade. E nós também sentimos uma verdadeira alegria em poder contribuir. 

Reforcemos nosso trabalho vocacional. Embora tenhamos um número significativo de presbíteros, não nos acomodemos. Tenhamos ainda mais para podermos partilhar com as dioceses carentes. 

Além disso, faço um apelo a todas as Paróquias para que leigos missionários visitem todas as famílias abençoando-as e chamando aqueles que, embora batizados, ainda não participam de nossas comunidades eclesiais. Lembremos de que Deus quer que “todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4), e são muitos os que precisam de nossa ajuda para poderem abrir as portas do seu coração a Jesus e experimentar a vida em abundância. 

Que o Senhor nos abençoe e nos transforme em ardorosos missionários.
D. Celso A. Marchiori, Bispo de Apucarana