terça-feira, 19 de outubro de 2010

O infinito mar da Misericórdia


 O Copo de Água!!!

O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em
um copo d'água e bebesse.
- "Qual é o gosto?" perguntou o Mestre.
- "Ruim " disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e
levasse a um lago. Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no
lago, então o velho disse:
- "Beba um pouco dessa água". Enquanto a água escorria do queixo do jovem,
o Mestre perguntou:
- "Qual é o gosto?"
- "Bom!" disse o rapaz.
- Você sente gosto do "sal" perguntou o Mestre?
- "Não" disse o jovem.
O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou sua mão e disse:
- A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende do lugar
onde a colocamos. Então quando você sentir dor, a única coisa que você deve
fazer é aumentar o sentido das coisas. Deixe de ser um copo...
Torne-se um lago...


Deus conhece nossa história porque somos filhos seus, portanto, Ele conhece tudo aquilo que passa em nossos corações, todas as nossas dúvidas, inseguranças, sofrimentos, Ele vê tudo...
E conhecendo tudo, Deus se transforma em um Mar, um grande mar, cheio de misericórdia, onde nós podemos nos jogar por inteiro na certeza de que o mar Deus nos lavará de tudo aquilo que nos faz sofrer!
Nesse grande mar de amor, a nossas dores se dissolvem e se misturam junto com a misericórdia de Deus, porém, a força do mar é maior do que a nossa, e tudo aquilo de imperfeito fica muito pequeno diante da grandiosidade do mar...
A misericórdia de Deus está sempre pronta para receber seus filhos, e não importa, o tamanho da nossa dor, ela sempre ficará pequena diante da imensidão do amor de Deus, o que temos a fazer é SEMPRE nos jogar nesse mar desejando que Deus cure nossas feridas, e nos dê força para que a partir do seu amor enfrentemos nossas vidas aprendendo a superar os momentos difíceis, depositando tudo que nos impede de crescer e de ser feliz em seu Mar!

Tenha um Dia Abençoado!!

Por: Seminarista Gabriel Calvi
Diocese de Apucarana- PR

Vídeo / Hoje Livre Sou - Ministério Adoração e Vida

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Uma vocação para todos


Por: Ricardo Pinto

  Ao afirmar na encíclica Novo millennio ineunte que "o horizonte para o qual deve tender todo o caminho pastoral é a santidade", João Paulo II lança o desafio de fazer com que toda vida eclesial - com suas celebrações, seus serviços e suas iniciativas - possa ir ao encontro do desejo de santidade que muitos cristãos nutrem. A missão da Igreja ficaria distorcida se ela descuidasse do objetivo de alimentar espiritualmente quem tem em Deus o motivo de sua realização pessoal e aspira à santidade. A bem da verdade, a santidade é a vocação de todo ser humano. 

  Mesmo se configurando como uma experiência pessoal com Deus, a santidade amadurece no amor aos outros. Se no milênio passado foi valorizado de modo especial um estilo de santidade eminentemente individual, neste milênio, iniciado há pouco, a Espiritualidade de Comunhão - apresentada como a espiritualidade típica da Igreja - exige uma santidade também comunitária. 

  Nesse sentido, toda a vida eclesial deve se tornar um espaço privilegiado de experiência coletiva de fé: uma espécie de "fogo" onde a qualidade do amor entre os batizados é provada. Se santidade quer dizer amar, significa que todas as dimensões da vida humana devem estar revestidas do caráter batismal, do amor absoluto de Jesus manifestado na sua morte e ressurreição. Não somente os aspectos típicos de uma vida espiritual como a oração e a devoção dizem respeito à vida de santidade. Não se pode, de fato, viver um amor estático ou sem forma. O amor se explica com fatos que nascem da vida de fé. Santo é, então, quem acredita e ama com a medida do "maior amor que dá a vida pelos amigos", como o Evangelho propõe.

  Sem dúvida, o percurso de santidade é pessoal. A Novo millennio ineunte considera esse percurso como uma "verdadeira e própria pedagogia da santidade, capaz de se adaptar ao ritmo dos indivíduos". Todavia, o ponto de convergência dessa pedagogia deve ser sempre a construção de um mundo mais justo, solidário e próximo de Deus. 

  De fato, hoje, podemos encontrar artistas, cientistas, políticos, educadores, advogados, operários e donas de casa percorrendo itinerários espirituais pessoais e comunitários, deixando a marca de Deus em tudo, a partir do que são e do que fazem. Imersos num contexto cultural em oposição aos valores cristãos, são os santos de hoje que, como os de sempre, buscam superar o egocentrismo com a gratuidade e a autossuficiência com o abandono à vontade de Deus, que é sempre amor.

  Os santos amadurecem a cada dia amando com o mesmo amor de Cristo. A vida de santidade não pode ser programada segundo critérios e prescrições somente humanas. Há um apelo permanente em deixar-se conduzir pelo Espírito. Nesse sentido, entende-se porque a Igreja continua apresentando, como modelos de santidade, vidas como a da jovem Chiara Luce Badano e tantas outras que, no Brasil e no mundo, assumiram a beleza do desafio de se tornarem santos, amando.
 
  * O autor é sacerdote, especialista em Espiritualidade e em Teologia Moral – artigo retirado da Revista Cidade Nova, mês de outubro de 2010.

Vídeo / Alma Missionária - Ziza Fernandes

Tenha um Dia Abençoado!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O sim de Maria nos inspira!

É surpreendente o modo de agir de Deus! Vale-se de pessoas simples para realizar seus misteriosos planos. Todo o povo de Deus esperava pela vinda do Messias.E qual a mulher que não gostaria de ser sua mãe? A escolhida foi uma jovem desconhecida, de uma cidade e região sem importância: é Maria de Nazaré na região da Galiléia. Ela será a mãe do Salvador, do Libertador, a mãe do filho de Deus.
A Bíblia não fala muito sobre Maria, mas nos diz tudo o que devemos saber. É uma virgem de Nazaré. Solicitada por Deus, ela se dispôs inteiramente: 


“Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo tua palavra!”

 Ela deu o seu Sim. Sem conhecer todo o caminho de devia percorrer, sabia entretanto que Deus merece toda confiança. E entregou-se em suas mãos. E foi fiel até o fim.
Em Nazaré foi um Sim alegre; aos pés da cruz, um Sim na dor. Mas um Sim inteiramente fiel, dado com o amor mais generoso. Ela permanece firme na incompreensão, na perseguição, na incerteza, na dor. Maria esteve presente nas Bodas de Caná, solícita e atenta, dando ocasião ao primeiro milagre de Jesus, e convidando-nos a fazer tudo o que ele nos disser. Esteve presente na vida pública de Jesus, deixando-se evangelizar por seu ministério. Esteve com os apóstolos no cenáculo, orando na espera do pentecostes. E continua presente até hoje na vida dos cristãos que a aceitam.
Estamos próximos da grande festa em honra a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, padroeira de nosso país. Ela carrega em sua imagem a cor, os traços, a cultura, a vida, a entrega, a vontade do povo brasileiro. Nela encontramos a possibilidade de responder sim diante os desafios que nossa nação vive. Nela confiamos a dedicada intercessão das mães que sofrem, dos pais sem emprego, dos jovens sem esperança, de crianças sem futuro. Em ti, Maria, encontramos a motivação de viver plenamente uma vida de entrega, ou seja, o desejo mais puro de encontra-se com a vontade do Pai que se concentra em Jesus que é o Caminho, a Verdade e a Vida, vivendo nossa vocação de profetas da esperança, no Continente da Esperança. 

Postado por: Padre Valdecir Ferreira
Diocese de Apucarana - PR 

Vídeo / Ave Maria - Pavarotti


Tenha um Dia Abençoado!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A Beleza do desprendimento.


“As raposas têm suas tocas e as aves do céu, seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça.” (Mt 8,20)

Esse belíssimo trecho do evangelho de são Mateus nos aponta para uma realidade muito bonita e ao mesmo tempo desafiadora. Vemos Jesus como que dizendo qual é a condição que deve se estreitar aquele que deseja segui-lo. É claro que considerando na atualidade esse trecho parece pura utopia, mas é ai que se encontra uma chave preciosa que seguramente nos abrira portas que nos levara para a felicidade.
O que Jesus apresenta neste trecho é o convite ao desprendimento, o optar por ter apenas o necessário. É evidente que para se dar esse passo é preciso entender que é de Deus que vem nosso socorro.
Experenciar o desprendimento é um desafio que se traduz no empenho pessoal, é procurar nas minúcias das mais variadas situações desapegar-se,é deixar de lado o supérfluo, é ir contra a maré do pragmatismo que endeusa o consumismo e a aquisição de quinquilharias onde se julga a pessoa por aquilo que ela tem e não por aquilo que ela realmente é, isso claro não deve ser entendido como uma fuga ou falta de compromisso, pelo contrario é sinal de um amadurecimento a ponto de se deixar guiar pela voz do espírito.
É claro que desapegar-se não é tarefa fácil e por isso é desafio, mas é também beleza incomparável. Seguir Jesus é optar sempre pelo desapego a ponto de se desprender da própria vida se preciso for. 
Por isso se você quer dar esse passo de fé não tenha medo o filho do homem não tinha onde repousar a cabeça e nem por isso o Pai o deixou jogado ao vento. Tenha fé e se lance na beleza do desprendimento onde Deus não nos tira nada mais nos dá o cêntuplo.

Alexandro Freitas, Seminarista da Filosofia da Diocese de Apucarana       

sábado, 2 de outubro de 2010

ELEIÇÕES LIMPAS


          Nestes tempos de Ficha Limpa é hora de realizarmos eleições limpas. A Comissão Nacional de Justiça e Paz elaborou Dez Mandamentos para o exercício do voto consciente. Primeiro, conhecer bem o candidato, sua história, suas idéias, seus valores, suas opções. Segundo, aplicar a lei da Ficha Limpa. Quem financia a campanha dos candidatos? A quem o candidato representa? Ele tem vida honrada?
           Terceiro, realizar palestras, encontros, debates sobre nossa lei eleitoral. Nosso voto não ajuda só o candidato mas também seu partido ou coligação. Quarto, formar “Comitês da Lei 9840”, pois, estes comitês podem denunciar atos de corrupção eleitoral no dia das eleições. Quinto, denunciar a compra de votos que é a pior das corrupções e dos enganos neste assunto. O eleitor também corre o risco de servir-se da corrupção e não só os candidatos.
          Sexto, denunciar os desvios de recursos públicos para fins eleitorais. Tais desvios são autênticos roubos. Sétimo, tirar fotos, fazer gravações, filmar qualquer sinal de compra de votos. Estas fotos e gravações comprovam a irregularidade. Oitavo, não votar em pessoas que mudam de partido como se muda de roupa. Nono, procurar saber se o candidato tem compromisso com a vida, com a família, com os direitos sociais, com os pobres e com a paz. Dez, pensar bem antes de votar, informar-se e não deixar para a última hora a escolha dos candidatos. É recomendável levar o nome ou o número dos candidatos para não esquecê-los na hora de votar.
         Em sua declaração sobre o Momento Político Nacional os Bispos do Brasil incentivam a que “todos participem e expressem através do voto ético, esclarecido e consciente a sua cidadania, superando os desencantos com a política e procurando eleger pessoas comprometidas com o respeito incondicional à vida, à família, à liberdade religiosa e à dignidade humana” (nº 10).
         Não votar em branco e não anular o voto. Isso contribui para piorar a situação. Votar é gesto de cidadania, democracia e participação na vida pública. Após as eleições temos a obrigação de acompanhar os eleitos e cobrar suas promessas. É verdade que as eleições não resolvem todos os problemas, mas, a conscientização, a organização e a cobrança dos direitos por parte do povo têm grande poder de transformação e de promoção do bem comum. A política não é arena de ambições nem corrida para ganhos e interesses pessoais, mas, “uma alta forma de amor fraterno” (Paulo VI). Se política já foi “coisa suja” chegou a hora das eleições limpas, da ética na política.
           As principais virtudes de um político são: competência, eficiência, transparência, lealdade, opção pelos pobres, solidariedade, estilo simples de vida. O santo homem, Cardeal Van Thuan, presidente do Pontifício Conselho para a Justiça e a Paz, escreveu: “ Bem aventurado é o político que tem profunda consciência de sua responsabilidade e que goza de credibilidade por ser honesto; que investe no social; que é coerente depois de eleito e cumpre suas promessas; que é comprometido com a verdade e a justiça; que trabalha para a transformação social e o bem comum; que é sensível ao povo especialmente aos pobres; que não tem medo de ser justo e de enfrentar as lutas em favor da sociedade justa e fraterna”.
         É bom aqui e agora recordarmos um grande político Mahatma Gandhi que disse: “O que eu fui na minha vida política eu devo à minha devoção pela verdade e à minha espiritualidade”. O prefeito de Florença La Pira aconselha: “É preciso construir oficinas de trabalho e oficinas de oração”. Sem Deus é difícil ser político cem por cento honesto.


Dom Orlando Brandes
Arcebispo de Londrina