sexta-feira, 30 de setembro de 2011

São Jerônimo




Neste último dia do mês da Bíblia, celebramos a memória do grande "tradutor e exegeta das Sagradas Escrituras": São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja. Ele nasceu na Dalmácia em 340, e ficou conhecido como escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialético, historiador, exegeta e doutor da Igreja. É de São Jerônimo a célebre frase: "Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo".

Com posse da herança dos pais, foi realizar sua vocação de ardoroso estudioso em Roma. Estando na "Cidade Eterna", Jerônimo aproveitou para visitar as Catacumbas, onde contemplava as capelas e se esforçava para decifrar os escritos nos túmulos dos mártires. Nessa cidade, ele teve um sonho que foi determinante para sua conversão: neste sonho, ele se apresentava como cristão e era repreendido pelo próprio Cristo por estar faltando com a verdade (pois ainda não havia abraçado as Sagradas Escrituras, mas somente escritos pagãos). No fim da permanência em Roma, ele foi batizado.

Após isso, iniciou os estudos teológicos e decidiu lançar-se numa peregrinação à Terra Santa, mas uma prolongada doença obrigou-o a permanecer em Antioquia. Enfastiado do mundo e desejoso de quietude e penitência, retirou-se para o deserto de Cálcida, com o propósito de seguir na vida eremítica. Ordenado sacerdote em 379, retirou-se para estudar, a fim de responder com a ajuda da literatura às necessidades da época. Tendo estudado as línguas originais para melhor compreender as Escrituras, Jerônimo pôde, a pedido do Papa Dâmaso, traduzir com precisão a Bíblia para o latim (língua oficial da Igreja na época). Esta tradução recebeu o nome de
 Vulgata. Assim, com alegria, dedicação sem igual e prazer se empenhou para enriquecer a Igreja universal. 

Saiu de Roma e foi viver definitivamente em Belém no ano de 386, onde permaneceu como monge penitente e estudioso, continuando as traduções bíblicas, até falecer em 420, aos 30 de setembro com, praticamente, 80 anos de idade. A Igreja declarou-o padroeiro de todos os que se dedicam ao estudo da Bíblia e fixou o "Dia da Bíblia" no mês do seu aniversário de morte, ou ainda, dia da posse da grande promessa bíblica: a Vida Eterna.


São Jerônimo, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Lectio Divina (Leitura Orante da Bíblia)


É, o mês da Bíblia está se encerrando!
Não esqueçamos que é o mês que está acabando, mas a Sagrada Escritura está aí sempre que  precisamos. Devemos buscá-la, amá-la, devemos ter o ardente desejo de conhecê-la!
Um dos métodos mais eficazes para esse conhecimento é a LECTIO DIVINA (leitura orante da Bíblia).
Para quem não conhece colocaremos um esquema prático e simples para que possamos exercitar esse método juntos:



Segue alguns textos relacionados a Vocação:
            1. Êxodo 3, 5-15   -  Vocação de Moisés

            2. 1 Samuel 3, 1-10  -  Vocação de Samuel

            3. Lc 1,26-38  - Vocação de Maria - A Anunciação.

            4. Mc 1,16-20  -  O chamado dos primeiros discípulos

Não nos detenhamos somente a esses. Meditemos cotidianamente os textos propostos pela Sagrada Liturgia e principalmente os dominicais.

QUE O EVANGELHO SEJA VIDA EM NOSSAS VIDAS!




quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Papa aos seminaristas: fidelidade à vocação é possível


Ainda que o mundo mude, é possível permanecer fiel à vocação sacerdotal: esta foi a mensagem do Papa no último sábado, em um discurso espontâneo a cerca de 60 seminaristas, com quem teve um encontro na capela do seminário de Freiburg. 

Este era o único discurso, de todos os que o Pontífice pronunciou na sua viagem apostólica à Alemanha, que não foi escrito previamente.
Em resposta às inquietudes dos seminaristas, o Papa explicou qual é o significado do tempo que um aspirante a sacerdote passa no seminário. Para isso, tomou uma passagem do Evangelho de Marcos sobre a instituição dos Doze, que reflete uma dupla vontade de Jesus sobre seus discípulos: “estar com Ele” e “ser enviados” a uma missão.
A contraposição entre ambas as vontades é só aparente, explicou o Papa aos jovens: “Como sacerdotes, devemos sair aos múltiplos caminhos nos quais os homens se encontram, para convidá-los ao seu banquete nupcial. Mas só podemos fazer isso permanecendo sempre junto a Ele”.
“E aprender isso, esse sair, ser enviados, permanecendo junto a Ele, é – acho – precisamente o que temos de aprender no seminário.”
Outro dos elementos fundamentais do seminário, acrescentou Bento XVI, é “aprender a confiança” em Cristo, aprender a confiar-lhe a própria vocação: “Se Ele a quer realmente, então posso me confiar a Ele”.
Se Cristo quer essa vocação, Ele não a deixará morrer, disse o Papa: “Se Ele me ama, então também me sustentará; na hora da tentação, na hora do perigo, estará presente e me dará pessoas, me mostrará caminhos, me sustentará”.
O Papa sublinhou também dois outros aspectos da vida do seminário: o da importância de aprender a viver “com a Palavra” e o de aprender o que significa “ser Igreja”.
Com relação ao primeiro aspecto, disse que a chave para poder escutar Cristo é “aprender a escutá-lo de verdade – na Palavra da Sagrada Escritura, na fé da Igreja, na liturgia da Igreja – e aprender o hoje em sua Palavra”.
Se a pessoa vive com a Palavra, percebe que ela “não está longe, em absoluto, mas que é atualíssima, está presente agora, refere-se a mim e refere-se aos outros. E então aprendo também a explicá-la. Mas, para isso, é preciso um caminho constante com a Palavra de Deus”.
Com relação a aprender a ser Igreja, o Papa sublinhou que somente no “nós” é possível crer em Cristo.
“São Paulo escreveu que a fé vem da escuta, não da leitura. Precisa também da leitura, mas vem da escuta, isto é, da palavra vivente, das palavras que os outros me dirigem e que posso escutar; das palavras da Igreja através de todos os tempos, da palavra atual que esta me dirige por meio dos sacerdotes, bispos, irmãos e irmãs”, afirmou.
“Nós somos Igreja: sejamos Igreja! Sejamos Igreja precisamente nesse abrir-nos e ir além de nós mesmos; sejamos Igreja junto aos outros.”
Por último, o Papa falou aos seminaristas sobre a importância do estudo e da boa formação.
“Nosso mundo hoje é um mundo racionalista e condicionado pela cientificidade.” Diante disso, a fé “não é um mundo paralelo do sentimento, que nos permitimos além disso como um 'plus', mas é o que abraça o todo, lhe dá sentido, o interpreta e lhe dá também as diretrizes éticas interiores, para que seja compreendido e vivido frente a Deus e a partir de Deus”.
Por isso, o Papa sublinhou a importância de “estar informados, compreender, ter a mente aberta, aprender”.
Ainda que as modas filosóficas mudem, concluiu o Papa, “não é inútil aprender estas coisas, porque nelas também há elementos duradouros. E sobretudo, com isso aprendemos a julgar, a acompanhar mentalmente um raciocínio – e a fazê-lo de forma crítica – e aprendemos a fazer que, ao pensar, a luz de Deus nos ilumine e não se apague”.
“Estudar é essencial: somente assim podemos enfrentar a nossa época e anunciar-lhe o logos da nossa fé”, acrescentou.
Fonte: ZENIT

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A nova vinha do Senhor


Deus escolheu o Povo de Israel como sua vinha predileta, libertou-o da escravidão do Egito, conduziu-o à terra prometida, cuidou dele com o mesmo carinho com que o vinhateiro cuida a sua vinha, defendeu-o dos inimigos que o cercavam…Que mais poderia ter feito por este povo, para que desse frutos abundantes e saborosos de boas obras: de fidelidade à Aliança, de cumprimento fiel dos Mandamentos, de amor misericordioso?...Porém, muitas vezes não foi assim. Israel deu frutos amargos, uvas más, obras perversas. Em lugar de frutos de justiça e de fidelidade, Israel abandonou o Senhor, desprezou o seu Deus, virou-se para os deuses dos povos pagãos que o rodeavam, caindo na idolatria. Revoltaram-se contra o dono da vinha, perseguiram e mataram muitos profetas e acabaram por matar o próprio Filho Unigênito, crucificando-O no Calvário.
A vinha do Senhor, por Israel ter abandonado o seu Deus, veio a ser vítima do seu próprio desregramento, até chegar à queda de Jerusalém, à destruição do seu Templo e à dispersão dos judeus por todas as nações.
Porém, as promessas de Deus permanecem.
O projeto salvífico do Senhor não mudou. A vinha do Senhor não acabou: foi dada a um outro povo que produza os seus frutos, ao novo Israel de Deus, à Igreja de Jesus Cristo. Esta eleição tem como ponto de partida um ato de pura benevolência da parte de Deus, sem qualquer mérito da nossa parte. A nova Vinha, a Igreja, o povo cristão é o Corpo de Jesus Cristo. E porque Cristo é fiel, a Igreja também o será e dará fruto e fruto abundante. Ao longo dos séculos, o Povo de Deus tem trazido todas as nações aos pés de Jesus Cristo.
Porém, cada um de nós, como membros que somos desta Igreja Santa, como ramos desta cepa que Jesus plantou, pode falhar e ser estéril e, o que é pior, pode ser infiel à sua vocação, ser cortado e ser lançado ao fogo. As próprias comunidades menores podem também desaparecer, se os seus membros não derem os frutos que Deus espera delas. Foi o drama das igrejas da Ásia Menor de que fala o Apocalipse, de algumas comunidades cristãs do norte de África tão florescentes nos primeiros séculos do cristianismo, é o drama de países inteiros que caíram na indiferença religiosa e até na incredulidade depois de muitos anos de fidelidade e de boas colheitas.
Deus espera de nós frutos saborosos de boas obras. Mas só os daremos na medida da nossa união a Cristo: «Eu sou a cepa, vós as varas. Aquele que permanece em Mim e em quem Eu permaneço é que dá muito fruto, porque, sem Mim, nada podeis fazer» (Jo 15,5). Esta vida íntima de união com Cristo na Igreja é alimentada pelos auxílios espirituais comuns a todos os fiéis, de modo especial, pela participação ativa na sagrada Liturgia e pela oração contínua.
Perguntemo-nos: os lares cristãos estão dando os frutos de filhos que Deus espera deles? Os esposos cristãos estão dando frutos de fidelidade que os faça cada vez mais felizes? As comunidades cristãs estão dando os frutos apostólicos que o mundo necessita? Os cristãos estão dando frutos de entrega aos seus irmãos mais pobres e necessitados? Existem os frutos de generosidade e entrega neste mundo tão necessitado de mais vocações?
 
Por Dom Antonio Carlos Rossi Keller Bispo de Frederico Westphalen (RS)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A Igreja precisa mudar? reflete Bento XVI na viagem à Alemanha

Há décadas, vemos uma diminuição da prática religiosa e percebemos o afastamento de grande número de batizados da vida da Igreja, disse o Papa Bento XVI no encontro com os católicos comprometidos na Igreja e na sociedade, em Friburgo, neste domingo, 25, último dia de sua viagem à Alemanha. 

Diante dessa situação, surge a pergunta: Porventura não deverá a Igreja mudar? Não deverá ela, nos seus serviços e nas suas estruturas, adaptar-se ao tempo presente, para chegar às pessoas de hoje que vivem em estado de busca e na dúvida?

O Santo Padre recordou um pequeno episódio que traz dois ensinamentos. "Uma vez alguém pediu a beata Madre Teresa para dizer qual seria, segundo ela, a primeira coisa a mudar na Igreja. A sua reposta foi: tu e eu!". 

Em primeiro lugar, essa resposta diz que "a Igreja não são apenas os outros ou a hierarquia..., mas somos todos nós, os batizados". Por outro lado, a religiosa parte do pressuposto de que há uma necessidade de mudança, por isso "cada cristão e a comunidade dos crentes são chamados a uma contínua conversão". 

Mas como acontecerá essa mudança? reflete o Papa. Para ele, o motivo fundamental da mudança é a "missão apostólica" dos discípulos e da própria Igreja, que "deve verificar incessantemente a sua fidelidade a esta missão". 



Desmundanizar a Igreja

Bento XVI disse que, devido às pretensões e condicionamentos do mundo, o testemunho cristão muitas vezes fica ofuscado e a mensagem do Evangelho acaba relativizada. E explicou que "para cumprir a sua missão, ela [a Igreja] deverá continuamente manter a distância do seu ambiente, deve por assim dizer ´desmundanizar-se´". 

A Igreja, afirma o Papa, encontra o seu sentido exclusivamente no compromisso de "ser instrumento da redenção, de permear o mundo com a palavra de Deus e de transformá-lo introduzindo-o na união de amor com Deus". 

Entretanto, ao longo do desenvolvimento da Igreja, muitas vezes manifestou-se uma tendência contrária a isso: a de uma Igreja que se acomoda neste mundo, torna-se autossuficiente e se adapta aos critérios do mundo. "Deste modo, dá uma importância maior, não ao seu chamamento à abertura, mas à organização e à institucionalização", apontou. 

"Para corresponder à sua verdadeira tarefa, a Igreja deve esforçar-se sem cessar por destacar-se da mundanidade do mundo. Assim fazendo, ela segue as palavras de Jesus: ´Eles não são do mundo, como também Eu não sou do mundo´ (Jo 17, 16)", destacou Bento XVI. 

Segundo ele, a história, em certo sentido, vem em auxílio da Igreja com as diversas épocas de secularização, que contribuíram de modo essencial para sua purificação e reforma interior. "As secularizações... sempre significaram uma profunda libertação da Igreja de formas de mundanidade: despojava-se, por assim dizer, da sua riqueza terrena e voltava a abraçar plenamente a sua pobreza terrena". 

Os exemplos históricos mostram que o testemunho missionário de uma Igreja "desmundanizada" refulge de modo mais claro. "Liberta do seu fardo material e político, a Igreja pode dedicar-se melhor e de modo verdadeiramente cristão ao mundo inteiro, pode estar verdadeiramente aberta ao mundo. Pode de novo viver, com mais agilidade, a sua vocação ao ministério da adoração de Deus e ao serviço do próximo", afirmou o Papa. 



Escândado da cruz

Bento XVI afirmou que, a fé cristã constitui, ainda hoje, um escândalo para o homem. "[Crer] que o Deus eterno se preocupe conosco, seres humanos, e nos conheça; que o Inatingível, num determinado momento, se tenha colocado ao nosso alcance; que o Imortal tenha sofrido e morrido na cruz; que nos sejam prometidas a nós, seres mortais, a ressurreição e a vida eterna – crer em tudo isto é para nós, homens, uma verdadeira presunção". 

Este escândalo - destacou o Santo Padre -, que não pode ser abolido se não se quer abolir o cristianismo, "foi infelizmente encoberto por outros tristes escândalos dos anunciadores da fé". "Cria-se uma situação perigosa, quando estes escândalos ocupam o lugar do ´skandalon´ primordial da Cruz tornando-o assim inacessível, isto é, quando escondem a verdadeira exigência cristã por trás da incongruência dos seus mensageiros".



Força da fé cristã

Há mais uma razão para pensar que seja novamente a hora de tirar corajosamente o que há de mundano na Igreja, ressaltou o Papa. "Isto não significa retirar-se do mundo. Uma Igreja aliviada dos elementos mundanos é capaz de comunicar aos homens, precisamente no âmbito sóciocaritativo – tanto aos que sofrem como àqueles que os ajudam –, a força vital particular da fé cristã". 

"Certamente também as obras caritativas da Igreja devem continuamente prestar atenção à necessidade duma adequada separação do mundo, para evitar que, devido a um progressivo afastamento da Igreja, se sequem as suas raízes. Só a relação profunda com Deus torna possível uma atenção plena ao homem, tal como sem a atenção ao próximo se empobrece a relação com Deus", pontualizou.

Para a Igreja "desmundanizada", ser aberta às vicissitudes do mundo significa testemunhar segundo o Evangelho, com palavras e obras, aqui e agora a soberania do amor de Deus. "Esta tarefa remete ainda para além do mundo presente: de fato, a vida presente inclui a ligação com a vida eterna. Como indivíduos e como comunidade da Igreja, vivemos a simplicidade dum grande amor que, no mundo, é simultaneamente a coisa mais fácil e a mais difícil, porque requer nada mais nada menos que o doar-se a si mesmo", concluiu.

Após o encontro, o Santo Padre se dirigiu ao Aeroporto de Lahr, onde participará da cerimônia de despedida, antes de retornar a Roma.


Fonte: Canção Nova

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

CNBB escolhe lema da Campanha da Fraternidade 2013


O lema da Campanha da Fraternidade de 2013 que terá como tema: “Fraternidade e Juventude” já foi escolhido: "Eis-me aqui, envia-me!" (Is 6,8).

O lema foi escolhido nesta quarta-feira, 21 de setembro, durante a reunião do Conselho Episcopal de Pastoral (Consep) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília.

Com o anúncio de que o próximo país a sediar a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em 2013 será o Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, a CNBB coloca mais uma vez a juventude como protagonista da Campanha da Fraternidade. Essa não é a primeira vez que a conferência trata de questões ligadas aos jovens. Em 1992, a campanha trazia como emblema: “Juventude - caminho aberto”.

Uma petição foi organizada pelo Setor Juventude da CNBB, pedindo que todas as pastorais, movimentos, congregações religiosas, novas comunidades, entre outros, somassem forças para solicitar aos Bispos do Brasil a aprovação da proposta. Cerca de 300 mil assinaturas foram recolhidas, devido à mobilização de jovens de todo o Brasil.

Além de outros temas, o tráfico de pessoa humana e o trabalho escravo foram defendidos e apresentados pelo Setor da Mobilidade Humana da CNBB, mas não receberam votos. A escolha dos temas da Campanha da Fraternidade é feita com antecedência de dois anos. A campanha de 2012 falará sobre “Fraternidade e saúde pública”.


Irmãos caríssimos, rezemos intensamente, já a paritr de hoje, por essa Campanha da Fraternidade de 2013. Que nossos jovens possam estar cada vez mais engajados na Santa Igreja de Cristo!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

III Encontro Vocacional!

Pedimos desculpas pela demora para postarmos essas fotos, mas aí vão elas =D


Vocacionados fazendo a dinâmica

Padre Valdecir (Animador Vocacional da Diocese)

Seminarista Luis Gustavo (Seminário Menor) proclamando a leitura!

Seminarista Vinicius (Seminário Menor)

Padre Marcelo Miquelim (Reitor do Seminário Menor) presidindo a Santa Missa


Vocacionados em Adoração à Jesus!


Agora pessoal, nos basta rezar constantemente por esses vocacionados, para que Deus em sua infinita misericórdia posssa enchelos de inefáveis misericórdias e que dê forças à eles, para que possam a cada dia renovar o SIM que estão dando a Deus!

Para pensar...


Pense bem e dê sua resposta ao Senhor da Messe! Cristo conta com você, a Igreja conta com você, o Povo de Deus conta com você.
Não tenhais medo, Deus não nos tira nada, Ele nos dá TUDO!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Papa pede vocações para nova evangelização!

Este domingo durante a oração do Angelus
CASTEL GANDOLFO, domingo, 18 de setembro de 2011 (ZENIT.org) – Bento XVI animou a pedir à Virgem Maria vocações para o serviço da nova evangelização, este domingo, ao introduzir a oração do Angelus com os peregrinos reunidos em Castel Gandolfo.
“Dirijamo-nos em oração à Virgem Maria, para que em toda a Igreja amadureçam vocações sacerdotais, religiosas e leigas para o serviço da nova evangelização”, disse.
O Papa afirmou que “hoje vivemos em uma época de nova evangelização. Vastos horizontes se abrem ao anúncio do Evangelho, enquanto regiões de antiga tradição cristã estão chamadas a redescobrir a beleza da fé”.
Ele destacou quem são os protagonistas desta missão: “homens e mulheres que, como São Paulo, podem dizer: ‘Para mim o viver é Cristo’”.
São “pessoas, famílias, comunidades que aceitam trabalhar na vinha do Senhor, segundo a imagem do Evangelho deste domingo. Trabalhadores humildes e generosos que não pedem outra recompensa a não ser participar da missão de Jesus e da Igreja.”
“Queridos amigos, o Evangelho transformou o mundo, e ainda o está transformando, como um rio que rega um imenso campo”, afirmou o pontífice.

sábado, 17 de setembro de 2011

Juventude abraça a cruz missionária


A Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro (JMJ Rio-2013) tem seu primeiro ato em São Paulo no domingo, 18 de setembro de 2011. E que momento importante! A cruz missionária e o ícone de Nossa Senhora são acolhidos por uma multidão de jovens e não jovens num dia inteiro de festa, música, testemunhos sobre a JMJ Madrid-2011.
O aeroporto do Campo de Marte, mais uma vez, é palco de uma grande manifestação de fé, de irradiação da mensagem do Evangelho e de partida missionária para todo o Brasil. Foi lá também que, em maio de 2007, o papa Bento XVI, celebrou a canonização de S.Antônio de Santana Galvão, o primeiro santo nascido em terras brasileiras.
Em Madrid, dia 21 de agosto passado, num outro aeroporto urbano, chamado “Quatro Ventos”, foi bonita e muito sugestiva a cena quando os jovens espanhóis entregaram a cruz missionária e o ícone de Nossa Senhora a um grupo de jovens brasileiros. Aqueles a carregavam e levantaram; estes a acolheram com as mãos estendidas para o alto, enquanto ela descia para seus braços abertos. Bendita cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo! Nela nos gloriamos, porque foi sobre ela entregue à morte nosso Salvador! Agora, os jovens do Brasil, numerosos e bem representados no Campo de Marte, fazem o mesmo aqui, na Terra de Santa Cruz, justamente poucos dias após a festa litúrgica da Exaltação da Santa Cruz!
Foi o beato João Paulo II que entregou esta cruz aos jovens, para que a levassem aos países onde se realizam as JMJ. E acrescentou também um ícone bonito de Nossa Senhora, para que acompanhasse a cruz. É uma cruz simples, de madeira, mas ela representa e traz a lembrança do próprio Jesus Cristo crucificado. De fato, é Ele que nos visita no sinal da sua cruz missionária; e Ele mesmo será acolhido, certamente com festa e belas manifestações de fé, em cada uma das 275 dioceses brasileiras, até chegar ao Rio de Janeiro, em julho de 2013. Em toda parte, o mesmo gesto, de acolher a cruz de braços abertos, antes de erguê-la bem alto, para que todos vejam nela o sinal de nossa salvação.
Aos pés da cruz, estará sempre Maria a Mãe de Jesus. Ela está lá, onde se encontra Jesus com seus discípulos. Estes não podem esquecer que, por vontade e testamento do próprio Jesus, ela é sua mãe também: “mulher, eis teu filho; filho, eis tua mãe” (cf. Jo 19,26-27).
Cristo peregrino nos visita, com sua cruz; Cristo missionário nos convoca para ouvirmos de novo seu Evangelho; o Cristo da via dolorosa também passará por nossos lugares de sofrimento, carregado das dores da humanidade, de tantos jovens... E talvez será escarnecido novamente, no desprezo feito aos  irmãos... Ele conta com nossa sensibilidade, como fez o Cirineu, para aliviarmos sua cruz, que pesa nos ombros de tantos brasileiros. Cristo ressuscitado nos visita, conforta e dá esperança, dando-nos a certeza de que Ele se faz nossa companhia nos caminhos de nossas solidões... Cristo missionário do Pai nos envia novamente, com o dom do Espírito Santo, para anunciarmos o Evangelho da vida e da esperança a todos os brasileiros. O lema da JMJ Rio-2013 bem indica nossa missão: “ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações” (cf Mt 28,19).
O Brasil está recebendo um carinho de Deus; nossos jovens e nossa Igreja receberão graças muito especiais durante este período de preparação para a JMJ Rio-2013. Será um “tempo favorável”, muito bem-vindo, especialmente para envolver as novas gerações na vida e na missão da Igreja. Para os adultos, será ocasião para uma nova valorização da própria fé e participação na vida eclesial. Para os jovens, poderá ser um tempo de encontros marcantes com Cristo e de descoberta da herança apostólica, custodiado e transmitido pela Igreja, de geração em geração, e que vai passando às suas mãos também.
Bem-vindo a nós, Jesus Cristo missionário! Bem-vinda, Nossa Senhora da Visitação! Os jovens do Brasil os acolhem de braços abertos!
Card. Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo - SP

domingo, 11 de setembro de 2011

11 de Setembro

“Passaram-se dez anos do dia do inacreditável ataque terrorista que lançou quatro aviões de linha lotados de passageiros inocentes contra os edifícios símbolos da potência econômica, militar e política dos Estados Unidos, em Nova York e Washington. Quase três mil vidas humanas foram perdidas naquele dia, e tantas outras que vinham sendo retiradas da poeira e dos venenos difundidos no choque e no desmoronamento das Torres Gêmeas. Pessoas de mais de 70 nacionalidades diversas, de fé e de culturas diversas. O novo milênio apenas iniciado não teria sido então o tempo da paz, mas, uma vez mais, tempo no qual o ódio quisera demonstrar o seu poder. E efetivamente a guerra ainda está aí e não resolveu efetivamente algum problema. Osama Bin Laden, o mandante, foi morto, mas dificilmente o terrorismo morrerá por isso.

Mas 11 de setembro foi também o dia no qual, enquanto muitos tentavam escapar da morte iminente, centenas de outras pessoas corriam em direção ao perigo para ajudar as vítimas, dava a vida para salvar outras vidas. Estavam convencidas de que esta era a coisa certa a ser feita e estavam prontas a fazê-lo. O sacrifício dos bombeiros de Nova York e de outros que agiram como eles permanece uma mensagem de luz. E quanto empenho de compaixão, de serviço, de oração: quanto desejo de compreensão, de diálogo e de paz se seguiu, de forma discreta mas muito concreta, por parte de quem, naqueles dias, não se deixou tomar pelo desespero e pelo desejo de vingança.

Quanto ódio, mas também, quanto amor! Qual dos dois prevaleceu? Qual está prevalecendo? Qual prevalecerá? Nós que nos inspiramos no nome de Deus, queremos que todos os que amam a Deus tenham através dessa memória, ainda uma vez, a vontade irredutível de servir à vida e à paz”.


                                                                                                            



                                                                      Pe. Federico Lombardi
Diretor da Sala de Imprensa do Vaticano

sábado, 10 de setembro de 2011

O cachimbo do perdão


O velho sábio da tribo sempre dava este conselho aos jovens fogosos e briguentos:
- Quando você está com muita raiva de alguém que o tenha ofendido tanto ao ponto de ter resolvido lavar com o sangue a vergonha da ofensa, antes de partir para matá-lo, pare! Sente-se e encha de fumo o seu cachimbo. Continue fumando. Quando acabar o “primeiro cachimbo”, você pensará, finalmente, que a morte do adversário seria uma punição demasiado grande para a culpa cometida. Começará, então, a pensar que uma surra bem dada já resolveria a questão. Contudo antes de apanhar a sua borduna e partir para espancar o inimigo, carregue o “segundo cachimbo” e, sentado, fume-o tranquilamente. No final, estará convencido de que algumas palavras fortes contra ele serão suficientes para envergonhá-lo na frente de todos. Pois bem, quando estiver saindo para insultar aquele que o ofendeu, sente-se novamente, encha de fumo o “terceiro cachimbo”. Com certeza quando o fogo dele se apagar também a sua raiva terá esfriado e, no seu coração, terá surgido o desejo de buscar a reconciliação e a paz. O seu inimigo voltará a ser um amigo.
A historinha não é um incentivo a fumar. Apenas um caminho para não tomar decisões sob o impulso da raiva e do ódio. Quantas vezes queremos nos vingar de quem nos ofendeu, esquecendo quantas vezes nós também já fomos perdoados? Na oração do Senhor – o Pai Nosso -  sempre repetimos: “Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Pedimos muitas vezes perdão a Deus, mas ainda não aprendemos a nos perdoar uns aos outros.
No evangelho deste domingo, Jesus nos lembra a grandeza de ânimo de quem sabe perdoar.  A parábola dos dois devedores nos apresenta um “patrão” ao qual o primeiro empregado deve “uma fortuna”, dez mil talentos, no texto original. Isso corresponderia a cinqüenta ou sessenta milhões de moedas – o denário - que também correspondia ao salário de um dia de trabalho. Por sua vez, este é credor de um companheiro que lhe deve cem moedas. Se confrontarmos as duas dívidas, chegaremos à conclusão que a primeira seria absolutamente impagável, ao passo que a segunda corresponderia a cem dias de trabalho e, portanto, perfeitamente pagável com um pouco de paciência e misericórdia. É por isso que os companheiros ficam tristes e o patrão indignado: aquele a quem foi perdoada uma dívida impagável não deveria ter perdoado, também, uma dívida tão pequena? Pelo jeito o primeiro devedor não aprendeu nada com a compaixão que o patrão teve com ele. Continuou exigente e mesquinho. Além disso, a parábola de Jesus apresenta dívidas de dinheiro; dívidas que, vamos ser sinceros, são as mais difíceis a serem perdoadas. Contudo existem muitas outras afrontas e violências que machucam e marcam, às vezes para sempre, a nossa vida e a vida das nossas famílias.
Chegamos a pensar que perdoar é um sinal de fraqueza e que a vingança esteja no pleno direito de quem foi prejudicado. A justiça humana também exige que os culpados sejam punidos, como forma de correção e alerta para outros não cometerem os mesmos crimes. O perdão dos ofendidos não vai contra a justiça, não deve ser confundido com a impunidade.  Da mesma forma, a punição dos culpados não deve ser entendida como uma vingança, mas como uma medida educativa para incentivar a convivência social pacífica e construtiva. Entendo que falar é fácil, porém administrar a justiça com equidade e convencer os culpados a não praticar mais os erros é um grande desafio para todas as sociedades de todos os tempos.
É nesta visão de fraternidade e de solidariedade que entendemos o perdão irrestrito que Jesus quer nos ensinar. O perdão não é somente uma nova chance, deveria ser o começo de novos relacionamentos. Os dois devedores da parábola admitem a dívida, suplicam por mais um prazo para serem livres da obrigação. O perdão é essa libertação, para que ninguém se esconda do outro por medo de ser cobrado, ou o credor agrida o devedor que não paga. Afinal, com o perdão fraterno deveríamos todos manifestar a nossa gratidão a Deus que sempre está disposto a perdoar os nossos pecados. Se as ofensas nos afastam uns dos outros, o exercício e a virtude do perdão reaproximam as pessoas. É o que Deus faz quando nos abraça e nos acolhe novamente com a sua misericórdia. Vamos aprender a pedir perdão, a perdoar e a viver a festa da reconciliação. Para sermos mais irmãos, evitando as ofensas e praticando a justiça, não deveria ser necessário fumar tantos cachimbos de paz. Aliás, não deveria precisar de nenhum.
Dom Pedro José Conti
Bispo de Macapá - AP

Nós Somos Católicos!


Um vídeo completo, jovem e que mostra o que é um Católico e o que é ser Católico. Fiel a  Jesus Cristo, ao Magistério, a Sagrada Escritura e a Tradição! O COPO DE CRISTO

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

"A Palavra se fez homem...

... e habitou no meio de nós”, é o que lemos no prólogo do Evangelho de São João. O mês de setembro é todo ele dedicado à Bíblia. Naturalmente a Palavra de Deus deve estar presente todo dia iluminando nossa vida e história. Durante este mês, porém, a Igreja a põe em destaque, lendo-a, estudando-a e celebrando-a para ser amada, assimilada e vivida intensamente por todos nós em todos os dias de nossa vida. Temos um mês inteiro para focar o tema da Bíblia, falando sobre ela e sobretudo refletindo sobre como pô-la em prática.
Recentemente, o Santo Padre o Papa, Bento XVI, chamou-nos a atenção para um aspecto talvez um pouco esquecido. O Cristianismo, reafirma ele, não é uma religião do livro, mas de uma Pessoa, a Pessoa de Deus, o Verbo Divino que se fez carne, Jesus Cristo. O Cristianismo não é a religião do livro da Bíblia, como o Judaísmo é do livro da Torá e o Islamismo do livro do Alcorão. O livro dos cristãos é Jesus Cristo, o Filho de Deus que habitou entre nós, a Palavra encarnada de Deus. Como Jesus é o centro da história humana, Ele é o centro da Bíblia. Por isso Jesus é chave de leitura e compreensão da Bíblia. O Antigo Testamento preparou sua chegada, o Novo conta-nos a ventura de sua vinda, com sua pessoa, suas palavras, seus atos, seus milagres, sua obra e seu martírio, sua morte e ressurreição, e projeta Jesus Cristo vivo e ressuscitado para o futuro, iluminando e impulsionando a vida da Igreja, dos cristãos e da humanidade rumo ao Reino definitivo. Um santo bem do começo da Igreja, especialista na Bíblia, repetia como um refrão: “Ignorar a Bíblia é ignorar a Cristo. Conhecer a Bíblia é conhecer a Cristo!” (São Jerônimo).
É por isso que nós cristãos, católicos e evangélicos, amamos a Bíblia, a guardamos em lugar especial como um livro sagrado que ninguém joga em qualquer canto, mas todos o veneram, sem no entanto adorá-lo, porque o livro chamado Bíblia pode também virar ídolo, como qualquer símbolo quando posto em lugar de Deus mesmo.
A Bíblia é ao mesmo tempo um livro fácil e difícil de ler. Fácil porque é o mais divulgado e traduzido no mundo, podendo ser encontrado em todo lugar. Difícil porque ele foi escrito por diversas mãos e em diferentes épocas. É um livro complexo que também precisa ser estudado com a ajuda das ciências e de especialistas. Mas não é um livro de ciências; homens de fé e vida, inspirados por Deus, não cientistas, portanto, escreveram-no segundo a cultura e língua de seu tempo para contar uma História da Salvação, do amor de Deus pelos homens. Devemos ler a Bíblia com a cabeça, o coração e a alma, invocando o fogo do Espírito Santo para lê-la sob a luz da sabedoria divina e o calor do afeto e amor ardente, pois ela contém a Palavra Sagrada, que é espírito e vida. O mesmo Espírito que ilumina cada pessoa ilumina também a Igreja para ser “Mater et Magistra”, mãe dos que tem a mesma fé e mestra que guarda a Sagrada Escritura na sua pureza, a interpreta e atualiza com toda a diligência, a divulga e ensina com amor e a paixão dos catequistas e missionários. Eis porque a Bíblia deve também ser sempre acolhida segundo a tradição de fé da Igreja a que se pertence. São Paulo disse que “A letra mata, mas o Espírito vivifica” (2Cor 3,6). Isto quer dizer que é necessário discernimento e inspiração para se ultrapassar a língua, a cultura e o tempo em que ela foi escrita e entrar em comunhão com a verdade inspirada, a Palavra de Deus genuína, sem glosa, comentários, interpretações e, muito menos, manipulações. As Bíblias e suas leituras mal-feitas ou manipuladas, por exemplo, por ignorância, ao pé da letra, com fundamentalismo e ideologias, falseiam a Palavra de Deus, deturpando o sentido verdadeiro de sua mensagem, transformando-se inclusive em idolatria.
Como a Bíblia é também um livro de oração, a Igreja desde tempos remotos convida os seus fiéis à prática da “Leitura Orante da Bíblia”, em latim, a “Lecio Divina”, mediante a qual, pelos passos da leitura, meditação, oração e contemplação, todos possam alcançar a mais plena comunhão de vida com Deus.
Que o Divino Espírito Santo faça crescer cada vez mais em nós a fome e sede da Palavra de Deus, e nos torne sempre mais seus dedicados anunciadores e testemunhas!


Dom Caetano Ferrari
Bispo Diocesano de Bauru - SP

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Apresentação de PowerPoint sobre VOCAÇÃO

Olá animadores vocacionais, vocacionados e todo o povo de Deus, apresentamos aqui um material que poderá ser usado em palestras ou até mesmo para conhecimento próprio de vocês sobre Vocação. Com certeza este material lhes servirá para melhorar o trabalho vocacional que todo Cristão Católico Batizado é chamado a fazer!
Se quiser fazer o download é só clicar aqui ó
Bom trabalho e que o Senhor da messe os abençoe!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Bento XVI: a correção fraterna

CASTEL GANDOLFO, domingo, 4 de setembro de 2011 (ZENIT.org) – Apresentamos, a seguir, a intervenção que Bento XVI pronunciou hoje, ao rezar a oração mariana do Ângelus junto a milhares de peregrinos reunidos no pátio da residência pontifícia de Castel Gandolfo.
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Queridos irmãos e irmãs:
As leituras bíblicas da Missa deste domingo convergem no tema da caridade fraterna na comunidade dos crentes, que tem sua fonte na comunhão da Trindade. O apóstolo Paulo afirma que toda a Lei de Deus encontra sua plenitude no amor, de maneira que, nas nossas relações com os outros, os dez mandamentos e qualquer outro preceito se resumem em “amarás o teu próximo como a ti mesmo” (cf. Romanos 13, 8-10). O texto do Evangelho, tirado do capítulo 18 de Mateus, dedicado à vida da comunidade cristã, nos diz que o amor fraterno comporta também um sentido de responsabilidade recíproca, razão pela qual, se meu irmão comete uma culpa contra mim, eu devo ser caridoso e, antes de mais nada, falar com ele pessoalmente, dando-lhe a conhecer que o que ele disse ou fez não é bom. Essa maneira de agir se chama correção fraterna: não é uma reação à ofensa sofrida, mas surge do amor pelo irmão. Santo Agostinho comenta: “Aquele que te ofendeu, ofendendo-te, inferiu a si mesmo uma grande ferida; e tu não te preocupas pela ferida de um irmão teu? (…) Tu deves esquecer a ofensa que recebeste, não a ferida do teu irmão” (Sermões 82, 7).
E se o irmão não me escutar? Jesus, no Evangelho de hoje, indica uns passos: primeiro, é preciso voltar a falar-lhe com outras duas ou três pessoas, para ajudá-lo a perceber o que fez; se, apesar disso, ele rejeitar ainda a observação, é necessário dizê-lo à comunidade; e se ele não escutar nem sequer a comunidade, é preciso fazer-lhe perceber a separação que ele mesmo provocou, separando-se da comunhão da Igreja. Tudo isso indica que há uma corresponsabilidade no caminho da vida cristã: cada um, consciente dos seus próprios limites e defeitos, está chamado a receber a correção fraterna e a ajudar os outros com este serviço particular.
Outro fruto da caridade na comunidade é a oração conjunta. Jesus diz: “Eu vos digo: se dois de vós estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que quiserem pedir, isso lhes será concedido por meu Pai que está nos céus. Pois, onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou aí, no meio deles” (Mateus 18,19-20). A oração pessoal certamente é importante, e mais ainda, indispensável, mas o Senhor garante sua presença à comunidade que – ainda que seja muito pequena – está unida e unânime, porque reflete a realidade de Deus Uno e Trino, perfeita comunhão de amor. Orígenes diz que “devemos nos exercitar nesta sinfonia” (Comentário ao Evangelho de Mateus 14, 1), ou seja, nesta concórdia na comunidade cristã. Devemos nos exercitar tanto na correção fraterna, que requer muita humildade e simplicidade de coração, como na oração, para que se eleve a Deus a partir de uma comunidade verdadeiramente unida a Cristo. Peçamos tudo isso por intercessão de Maria Santíssima, Mãe da Igreja, e de São Gregório Magno, papa e doutor, a quem ontem recordamos na liturgia.
[Tradução: Aline Banchieri.
© Libreria Editrice Vaticana]

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Setembro, mês de Bíblia



Estamos em setembro, e no Brasil já é uma tradição que este mês seja lembrado como o “Mês da Bíblia”.  Setembro foi escolhido pelos Bispos do Brasil como o mês da Bíblia, em razão da festa de São Jerônimo, celebrada no dia 30.  São Jerônimo, que viveu entre 340 e 420, foi o secretário do papa Dâmaso e por ele encarregado de revisar  a tradução  latina da Sagrada Escritura. Essa versão latina feita por São Jerônimo recebeu o nome de Vulgata, que, em latim, significa popular  e o seu trabalho é referência nas traduções da Bíblia até os nossos dias.
Ao celebrar o mês da Bíblia, a Igreja nos convida a conhecer mais a  fundo a Palavra de Deus, a amá-la, cada vez mais, e a fazer dela, cada dia, uma leitura meditada e rezada.  É essencial ao discípulo missionário o contato com a Palavra de Deus para ficar solidamente firmado em Cristo e poder testemunhá-lo no mundo presente, tão necessitado de sua presença. “Desconhecer a Escritura é desconhecer Jesus Cristo e renunciar a anunciá-lo. Se queremos ser discípulos e missionários de Jesus Cristo  é indispensável o conhecimento profundo e vivencial da Palavra de Deus. É preciso fundamentar nosso compromisso missionário e toda a nossa vida cristã na rocha da Palavra de Deus” (DA 247).
A Bíblia contém tudo aquilo que Deus quis nos comunicar em relação a nossa salvação. Jesus é  o centro e o coração da Bíblia. Em Jesus se cumprem todas as promessas feitas  no Antigo Testamento para o Povo de Deus.
Ao lê-la, não devemos nos esquecer que Cristo é o ápice da revelação de Deus. Ele é a Palavra viva de Deus. Todas  as palavras da Sagrada Escritura tem seu sentido definitivo Nele, porque é no mistério de sua morte  e ressurreição que o plano de Deus para a nossa salvação se cumpre plenamente.


Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida - SP