segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Vou ao cemitério no Dia de Finados?




“Esta é a morada de Deus-com-os-homens. Ele vai morar junto deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus-com-eles será seu Deus. Ele enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem grito, nem dor, porque as coisas anteriores passaram” (Ap 21,3-4).
Aproxima-se um dos dias mais emblemático de todo calendário civil e religioso: o dia de finados - dia de sentimento de perda e de saudade, dia de recolhimento, de silêncio e de oração, dia de esperança e de fé na ressurreição dos mortos.
Com espírito pastoral, gostaria de condividir com vocês os sentimentos mais profundos, as emoções mais verdadeiras e a fé mais autêntica e sincera que invadem o meu coração de irmão, de amigo e de pastor: Um autor desconhecido escreveu recentemente o seguinte: “tudo no mundo morre. O tempo todo. A cada segundo, folhas caem, flores murcham, você pisa numa formiga, a leoa acerta um pulo letal no cervo, 20 pessoas morrem em uma enchente, criança leva bala perdida em tiroteio, motorista dorme ao volante e caminhão choca-se com carro, matando toda uma família. É cientificamente comprovado. Tudo que está vivo pode morrer. Mas quando alguém que você ama morre, não há ciência, razão. O coração desliga-se do cérebro e grita sua dor na única linguagem que conhece: a cada batida...”
A morte é a nossa companheira de viagem. Ela está presente em toda a fase da nossa existência. A morte é certa; mas não há somente morte; a morte é vida no além. Santa Teresinha já dizia: “não morro, entro na vida”. Jesus Cristo é nossa páscoa, vida e ressurreição. Nossas vidas estão nas mãos de Deus. No céu o veremos face a face e saberemos como Ele é.
No dia de finados é comum irmos ao cemitério para rezar pelos defuntos. A oração por eles é tradição da Igreja católica. Outro dia, numa visita pastoral, no cemitério, encontrei a seguinte frase, meio empoeirada, amarelada pelo tempo, pouco observada, mas que continha uma grande verdade: “homenagem dos que vão morrer aos que já morreram”. Somente os que ainda não morreram podem homenagear os que já morreram. Visitar o cemitério, mesmo sendo um costume antigo, é ainda hoje uma atitude cristã louvável, quando nasce da fé e se alimenta da ressurreição. Não podemos deixar que se percam nem o seu valor e nem a sua beleza. Mas como visitar um cemitério? Como se comportar numa vista como esta? O que fazer? Como rezar? O que levar e o que deixar?
A Igreja quando reza pelos defuntos tem em mente três motivos: - primeiro, a comunhão existente entre todos os membros de Cristo, vivos e mortos: na morte, como na vida, somos todos irmãos; - segundo, consolar, confortar e prestar ajuda espiritual a quem está triste e enlutado pela morte de um ente querido; - terceiro, ajudar espiritualmente a quem morreu, de modo que, se for da vontade de Deus a oração ajude a se purificar e chegar a Deus.
Portanto, diante do desespero e do relativismo, que fazem ver a morte como o final da existência, Jesus oferece a esperança da ressurreição e da vida eterna, a fim de Deus seja tudo em todos (1Cor 15,28). É Ele quem nos faz passar da morte para a vida, da tristeza para a alegria, do absurdo para o sentido da vida, das trevas para a luz, da descrença para a fé, do desalento para a esperança que não engana.
Permitam-me, por gentileza, sugerir-lhes algumas atitudes para acompanhá-los ao cemitério: - momento de oração: reservem um tempo para a oração pessoal; - acendam velas para que seus entes queridos fiquem iluminados pela luz de Cristo; - cubram suas sepulturas com os mantos das flores para a beleza dos olhos e o encanto da alma; - ajudem nas limpezas do ambiente e dos túmulos dos seus entes queridos; - participem das celebrações, eucarística ou da palavra, escutem a Palavra de Deus e comunguem, se puderem; - e creiam na ressurreição da carne e na vida eterna. Cristo ressuscitado, vida e esperança, estará lá e se colocará no nosso meio para enxugar nossas lágrimas, fortalecer nossa fé e aumentar a nossa esperança.
Neste Ano da Fé, eu, pessoalmente, “creio na remissão dos pecados; na ressurreição da carne; na vida eterna; e espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir”.
Por todos os defuntos, rezemos juntos: “Descanso eterno, dai-lhes, Senhor. E a luz perpétua os iluminem. Descansem em paz. Amém!
Dom Pedro Brito Guimarães


domingo, 21 de outubro de 2012

Escola de Animadores Vocacionais

Irmã Valdelis, Irmã Valéria, Pe Emerson, Pe Leandro, Pe Zezinho, Sem. Aparecido, Sem Marcelo

Aconteceu em Guarapuava-PR nos dias 19, 20 e 21 de outubro mais uma etapa da Escola de Animadores Vocacionais do Regional Sul II. Foi tratado sobre os documentos vocacionais, tendo como assessor o Pe Leandro dos Santos da Diocese de Taubaté-SP. 
Da diocese de Apucarana estiveram presentes o Padre Emerson Jesus Rodrigues, Irmã Valéria Nascimento OSJ, Irmã Valdelis Queiroz ISCL, Seminaristas Aparecido Marcos Primo e Marcelo Beltrame.

Mestre, em teu nome lançarei as redes" (Lc 5,5)




Impulsionados  pelas propostas e exigências do Terceiro Congresso Vocacional do Brasil e do Segundo Congresso Latino-Americano e Caribenho de Vocações   o Regional Sul II, está empenhando-se me preparar os Animadores Vocacionais. Neste sentido que aconteceu nos dias 19 a 21 de outubro o Terceiro Módulo da Escola Vocacional do Regional Sul II na Casa de Formação Nossa Senhora de Guadalupe em Guarapuava.
Nesta etapa aprofundo-se os Documentos Vocacionais Atuais, com assessoria do Padre Leandro dos Santos, da Diocese de Taubaté-SP.  Está sendo um momento rico de crescimento e empenho pelas vocações em nosso Regional.  Ao todo a Escola conta com a participação de 50 pessoas, oriundas das Dioceses e congregações religiosas que compõem o Regional.
Os objetivos da Escola Vocacional são: Capacitar Animadores (as) da PV/SAV para que atuem de forma mais qualificada nas diversas realidades que envolvem a Animação Vocacional; Possibilitar um momento rico em conteúdo formativo; Despertar a urgência de um trabalho integrado; Conscientizar o Animador e a Animadora Vocacional de sua importância no processo vocacional em todas as suas etapas; Aprofundar o conhecimento da dinâmica espiritual que envolve a PV/SAV.
Rogamos a Nossa Senhora do Rocio, Rainha e Padroeira do Paraná que seja um trabalho profícuo e de muitas bênçãos vocacionais para nossas dioceses.  

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O Concílio Vaticano II: A primavera na Igreja

Sessão do Concílio Vaticano II na Basílica de São Pedro



Em suas homilias, com muita insistência, o papa João XXIII comparava o Concílio a uma nova primavera, que suscitaria profunda renovação na vida da Igreja. Ele enfatizava o elemento-surpresa, para ressaltar a intervenção do Espírito Santo na própria ideia de convocar um concílio. Esta convicção se fortalecia na rápida e entusiasta adesão à proposta do papa de realizar um concílio ecumênico para o nosso tempo.
Depois de 50 anos, é possível, e conveniente, olhar os fatos agora e encontrar razões históricas que ajudem a entender como o Concílio se tornou viável. Na verdade, ele se constituiu numa grande surpresa, que se explica à luz de intensas iniciativas eclesiais, que vinham dando consistência e vigor à caminhada da Igreja desde o fim do século 19, culminando com o pontificado de Pio XII.
A referência a Pio XII torna-se indispensável para evocar o contexto eclesial que precedeu o Vaticano II. Desde o início do seu pontificado, em 1939, ele conduziu com muita firmeza todos os assuntos da Igreja. Sua excepcional capacidade intelectual lhe permitia abordar pessoalmente as mais variadas temáticas, com lucidez teológica e com firmeza disciplinar. De tal modo que, ao terminar seu mandato, em 1958, deixava a Igreja atualizada e em ordem, principalmente do ponto de vista disciplinar e teológico. Ninguém podia imaginar que estivesse às vésperas de uma convocação conciliar.
Como a história antiga se refere ao contexto do Império Romano por ocasião do nascimento de Cristo, dizendo que o Império estava “toto orbe in pace composito” – “estando em paz o mundo todo”, assim se podia dizer do estado da Igreja deixado por Pio XII: “tota ecclesia in ordine composita”.

A proposta
Pio XII tinha deixado a Igreja em completa ordem. Parecia não haver nenhuma necessidade de concílio. O contraste de personalidades ajuda a compreender a diferença de procedimentos. Cauteloso e precavido, Pio XII tinha nomeado uma “comissão secreta” para estudar a viabilidade de um concílio. Ao passo que João XXIII teve a ideia, e, na primeira oportunidade, propôs para toda a Igreja, que prontamente a acatou, desencadeando um processo que logo se tornou irreversível.
Mas a rapidez da adesão não se deveu só à simpatia de João XXIII. Havia caudais subterrâneos na Igreja, que aguardavam a oportunidade de emergir e mostrar sua força. O anúncio de um concílio, com a abertura proposta por João XXIII, constituiu-se em ocasião propícia para muitas iniciativas eclesiais se firmarem, expressando seus valores, e se inserirem na renovação eclesial, proposta pelo Concílio.
Assim, bem ao contrário de parecer estranho à conjuntura eclesial, o Concílio se tornou um vasto estuário, que podia recolher a grande riqueza teológica, litúrgica, bíblica, espiritual e pastoral que a Igreja tinha cultivado ao longo do seu último século.
O Concílio Vaticano II não foi, em absoluto, uma ruptura na caminhada da Igreja. Mas uma excepcional oportunidade de valorização dos preciosos aportes dos diversos movimentos eclesiais que precederam o Concílio, sem os quais ele não se entenderia.

Entre eles, os movimentos litúrgico, bíblico e ecumênico, a ação católica e o Movimento por um Mundo Melhor, liderado pelo padre Lombardi, que identificou rapidamente no Concílio a realização mais ampla de todos os seus anseios de renovação eclesial.

A descoberta
Convocado o Concílio, a Igreja se deu conta da riqueza que tinha acumulado, em forma de propostas pastorais, de valores a serem assumidos e partilhados, de energias que se traduziam em prontidão generosa e contagiava o povo de Deus, que se mostrava alegre e feliz por ver que se abriam as portas de uma renovação em profundidade de toda a Igreja.
Porém, sobretudo, a Igreja pôde dispor da riqueza inestimável de peritos em todas as áreas. Eles foram convocados para colaborar na realização do Concílio. Colocaram generosamente seus talentos a serviço dos grandes temas que tal iniciativa ia abordando. Sem saber, a Igreja tinha se preparado longamente para a ocasião. Esta é a verdade que agora devemos reconhecer com mais evidência e lucidez. Cada um dos movimentos deixou marcas evidentes, tanto na preparação do Concílio, como na redação dos seus documentos. O litúrgico foi o primeiro a mostrar sua contribuição, com seu caudal de pesquisas feitas em diversos mosteiros, sobretudo da França e da Bélgica. Este movimento já tinha sido valorizado por Pio XII na encíclica Mediator Dei, de 1947. E tinha produzido a restauração da Semana Santa em 1955, que se constitui em preâmbulo histórico da grande renovação litúrgica proposta pelo Concílio.
O movimento bíblico já tinha contado com a encíclica Divino Afflante Spiritu, de 1943, na qual, Pio XII recolheu os últimos avanços das pesquisas bíblicas. Por sua vez, os estudos bíblicos tinham aproximado teólogos católicos e protestantes, fortalecendo o movimento ecumênico, que propiciou a presença de numerosos observadores de outras Igrejas, com o influxo positivo que este fato proporcionou ao Concílio.
A Ação Católica, nascida na Bélgica, mas assumida com entusiasmo ainda no pontificado de Pio XI, propiciou o envolvimento dos leigos, que antecederam na prática à grande afirmação conciliar da visão de Igreja como “povo de Deus”.
Tudo isso mostra como o Concílio pôde ter sido, sim, uma primavera surpreendente, mas não foi um fruto temporão. Ele resultou da rica caminhada da Igreja, que ele acolheu, aprofundou e consolidou.
O Concílio Vaticano II precisa ser visto como integrante da vida da Igreja, tanto na sua preparação, como na sua realização, e agora na implementação de propostas de renovação eclesial. Assim ele mostra uma permanente validade.

* Dom Luiz Demétrio Valentini é bispo de Jales (SP). Participou da 4a Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano em Santo Domingo (República Dominicana), em 1992; do Sínodo Especial da América, em 1997; e da 5a Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, na cidade de Aparecida (SP), em 2007.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Os 10 mandamentos do eleitor


Vote consciente 



No próximo domingo, 07 de outubro, é dia de eleições municipais em todo o país. Somos convidados a eleger quem governará nossa cidade até 2016. A Igreja Católica não manifesta apoio a nenhum candidato, por ser universal - católica significa universalidade. Porém, a Igreja sempre orienta para um voto consciente.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) elaborou uma cartilha de orientação, pois uma sociedade justa deve ser realizada pela política, nas palavras de Bento XVI. E nessa cartilha, eles citaram os dez mandamentos do eleitor, os quais transcrevo aqui.
1.º Mandamento - Não deixe de votar
A sua ausência enfraquece a democracia. Se estiver fora do seu domicílio e não for mesmo possível votar, não esqueça de justificar em qualquer local de votação. Se você perdeu o título, não haverá problema, pois você poderá votar com um documento oficial e original de identidade com fotografia que pode ser a carteira de identidade, carteira de trabalho, passaporte ou até mesmo a reservista. Se não souber o local de votação, basta telefonar ou acessar o site da Justiça Eleitoral para obter esta informação. Se você tiver dificuldades de locomoção, informe o cartório eleitoral para disponibilizar a seção adequada. 
2.º Mandamento - Não vote contrariando a sua opinião
Não mude seu voto por influência da mídia ou deixando-se enganar por armadilhas publicitárias das campanhas eleitorais. Nem sempre o candidato mais simpático é o mais competente.
3.º Mandamento - Não venda seu voto nem o troque por favores
Não só a compra de votos é crime eleitoral, pois o eleitor que vende o voto ou apenas solicita algo em troca do voto está sujeito a pena de quatro anos de detenção.
4.º Mandamento - Não vote para contentar amigos ou parentes
O candidato que é bom para os outros eleitores, nem sempre será bom para você, principalmente se os parentes e amigos trabalharem para algum político. 
5.º Mandamento - Não vote sem conhecer o programa do candidato e do partido dele
Os candidatos e partidos devem conhecer os problemas da população e ter a capacidade para solucioná-los. Analise se têm condições de cumprir o que prometem. 
6.º Mandamento - Não vote sem conhecer o passado do candidato
Com a nova Lei da Ficha " Limpa", a Justiça Eleitoral tem sido mais efetiva em afastar os maus candidatos. No entanto, é prudente que o próprio eleitor busque melhores informações acerca da vida precedente dos políticos. A internet auxilia muito nesta busca.
7.º Mandamento - Não vote sem conhecer o caráter do candidato
Ter bom caráter significa viver com moralidade, o que envolve a honestidade, sinceridade, a integridade, a confiança e o comprometimento. Não eleja ou reeleja candidatos sem caráter. 
8.º Mandamento - Não deixe nenhuma pesquisa mudar o seu voto
As pesquisas podem influenciar quando é muito grande a margem entre o primeiro e o segundo colocado, mas muito pouco entre os tecnicamente empatados.
9.º Mandamento - Não anule seu voto
Voto nulo: o eleitor quer votar, tem candidato, mas erra por não saber votar; isso ocorre quando confirma o número de candidato inexistente ou abandona a urna antes de concluir a votação. Ao contrário do que se pensa, a nulidade de mais de 50% dos votos não anula a eleição.
10.º Mandamento - Não vote em branco
Voto em branco: o eleitor sabe votar, mas não quer votar ou não tem candidato. É o famoso voto de protesto. O voto branco não vai para o candidato ou partido mais votado.
Que o Espírito Santo ilumine todos os eleitores que decidirão o futuro de suas cidades.
Que Deus derrame bênçãos e cura em sua vida.
Padre Reginaldo Manzotti

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Caras sorridentes


Um sorriso não custa nada e rende muito


“Não esqueças - dizia São Josemaria Escrivá - que, às vezes, faz-nos falta ter ao lado caras sorridentes” (Sulco, n. 57).
Ele o recomendava, e (sou testemunha disso) praticava-o em favor dos outros todos os dias. Costumava dizer, por experiência própria, que, em muitas ocasiões, “sorrir é a melhor mortificação”, porque custa. Sim, pode nos custar, custar muito, sobretudo nos dias em que não nos sentimos bem ou andamos aflitos e preocupados, mas o esforço sacrificado de tentar sorrir por amor - por amor a Deus e por amor aos outros -, passando por cima das dificuldades, constitui um belo serviço, pois torna mais amável e alegre a vida dos que convivem conosco.

É estranho, mas alguns pensam que sorrir sem ter vontade é hipocrisia. Não é verdade. Por exemplo, fazer o esforço, no lar,de sorrir para evitar preocupações, angústias, tormentos, mau humor ao marido, à mulher, aos filhos, é um grande ato de amor. O sorriso afetuoso dissipa nuvens, desarma irritações, abre uma nesga de céu por onde pode entrar o sol da alegria e o bom humor.

Por isso, deve-se lutar, esforçadamente, para não privar desse bem os outros.
Sorrir não é só uma reação espontânea, uma atitude “natural” que não se pode controlar; pode - e deve, muitas vezes - ser um ato voluntário de amor, praticado com esforço consciente, pensando no bem dos outros.
A este propósito, gosto de recordar um cartão de Boas-Festas que um padre amigo me mandou em fins de 1992. Era uma folha de papel simples, xerocada na paróquia, e trazia uma espécie de poema. Não sei se era da autoria dele ou se o tomara emprestado de alguma publicação ou da internet. Seja como for, o conteúdo era muito simpático. Debaixo do cabeçalho - um sorriso -, vinham as seguintes frases:

- “Não custa nada e rende muito.”
- “Enriquece quem o recebe, sem empobrecer quem o dá."
- “Dura somente um instante, mas os seus efeitos perduram para sempre."
- “Ninguém é tão rico que dele não precise."
- “Ninguém é tão pobre que não o possa dar a todos."
- “Leva a felicidade a todos e a toda a parte."
- “É símbolo da amizade, da boa vontade, é alento para os desanimados, repouso para os cansados, raio de sol para os tristes, ressurreição para os desesperados."
- “Não se compra nem se empresta."
- “Nenhuma moeda do mundo pode pagar o seu valor."
- “Não há ninguém que precise tanto de um sorriso como aquele que já não sabe sorrir."
Padre Francisco Faus

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O SENHOR NOS ENVIOU PARA EVANGELIZAR



Cheios de confiança no Senhor e com maior entusiasmo anunciemos sem temor a Palavra de Deus (Cf. Fl1, 14).

Apucarana, 01 de outubro de 2012

Inseridos num clima de festa por ocasião dos 50 anos do Concílio Vaticano II, 20 anos do Catecismo da Igreja, 50 anos de nossa Diocese de Apucarana e no limiar do Ano da Fé, quero refletir com vocês, amados irmãos e irmãs, esse assunto sempre novo: a dimensão missionária da Igreja.

Tornados membros da Igreja pelo batismo, como também pela Crisma e Eucaristia, todos somos chamados a Evangelizar. A Igreja existe para evangelizar. E como membros desta Igreja, identificamo-nos com ela através de nosso agir missionário. Não tem como escapar. Ou somos missionários, ou não somos membros da Igreja.

No dia em que Nosso Senhor Jesus Cristo subiu aos céus, convocou os seus Apóstolos para que fossem pelo mundo inteiro e anunciassem o Evangelho a toda a humanidade. E como fruto deste anúncio, que todos os ouvintes se tornassem seus discípulos. Esta é a missão da Igreja que vai se realizando a cada dia “mediante a atividade pela qual, obedecendo ao mandamento de Cristo e movida pela graça e pela caridade do Espírito Santo, ela se torna atual e plenamente presente a todos os homens ou povos para conduzi-los à fé, liberdade e paz de Cristo, não só pelo exemplo de vida e pela pregação mas também pelos sacramentos e pelos restantes meios da graça, de tal forma que lhes fique bem aberto um caminho livre e seguro para participarem plenamente no mistério de Cristo” (AG 5).

Sendo o mês de outubro um tempo oportuno para nos motivarmos a sermos discípulos missionários de Cristo, trabalhemos seriamente esta dimensão da Igreja e de nosso ser católico para que mais e mais nos tornemos o que fomos chamados a ser, pois se não nos comprometermos com o processo evangelizador da Igreja, estamos impedindo que o Evangelho seja mais propagado e que, consequentemente, muitas pessoas não tenham acesso ao anúncio da Boa Nova e, portanto, não alcancem a salvação.

Não nos enganemos, há um povo numeroso que ainda desconhece a Cristo, e, consequentemente, não tem fé. Daí a urgência de nossa ação missionária para que estes nossos irmãos que estão à margem da salvação, se aproximem de Jesus e com ele se comprometam e assim o Reino de Deus se estenda ao mundo inteiro como anunciou Jesus aos seus apóstolos no dia da sua ascensão.

Anunciar o Evangelho é, então, uma missão que toca a todos nós. Onde quer que nos encontremos ali devemos nos portar como verdadeiros apóstolos de Cristo, como seus discípulos missionários. E como tais, possamos favorecer o caminho para que muitos irmãos possam fazer a feliz experiência de encontro com Jesus e sejam salvos. Vivendo profundamente a vida cristã, que nosso testemunho seja um contributo eficaz para a difusão da fé, mesmo que estejamos num mundo aonde o ateísmo vai cada vez mais se alargando.

Além de nossa ação missionária que deve ser realizada a cada dia em nosso ambiente de trabalho, de estudo e onde quer que estejamos, precisamos também lembrar a nossa responsabilidade em relação às dioceses necessitadas de nossa ajuda. E aqui vale o destaque à nossa Igreja irmã que está em Gabara Mirim, paróquia de Corumbiara, onde já contamos com o trabalho do Pe. Jeferson, do Pe. Adriano, do Diác. Celso, e agora do Pe. Vanderlei Amorim e logo mais com o nosso seminarista Cleyton Larangeiras, que após sua ordenação diaconal, também se dirigirá a Corumbiara para sua experiência missionária.

Conscientes de que Deus é quem faz com que o seu reino venha ao mundo, pedimos à Virgem Santíssima, nossa Senhora Aparecida, que esteja sempre à frente de nossa atividade missionária para que mais eficazmente o anúncio do evangelho chegue a todos os povos. E também rezemos pedindo ao Senhor que nos envie mais operários para a Igreja, pois a Igreja está grande e poucos são os presbíteros para atendê-la.




Dom Celso Antônio Marchiori

Bispo de Apucarana