terça-feira, 31 de julho de 2012

Semana dos Ministérios Ordenados


 O episódio relatado nos Atos dos Apóstolos (At 6,1-7) mostra como na comunidade cristã surgiu uma tensão entre grupos a respeito da ajuda às viúvas. 

Lucas não condena o conflito. O conflito faz parte da experiência comunitária. Onde os conflitos não existem não há comunidade, ou eles são mascarados, reprimidos. O importante não é fazer desaparecer os conflitos, mas administrá-los para o crescimento da comunidade. 

A comunidade torna-se disponível ao serviço e, por isso, o ministério apostólico e o serviço da diaconia favorecem a unidade. Hoje a Igreja está ciente de seu dever e chamado à oração, à caridade e ao serviço da Palavra e da missão. 

Os ministérios ordenados garantem a comunhão, a unidade onde as diferenças são vividas no âmbito da comunhão, tornando-se motivo de riqueza. Em uma sociedade individualista e violenta, o movimento da Palavra precisa de uma comunidade ministerial, lugar de unidade na diversidade, que vive a comunhão para a missão. 

Desde o início emergem os três ministérios essenciais da Igreja: o serviço da Palavra, o serviço litúrgico da oração e o serviço da assistência aos pobres. Não é utilizado o termo “diácono”, embora haja referência à diaconia e à imposição das mãos. 

O diácono é sinal do próprio Cristo Senhor servo, é animador do serviço da Igreja junto às comunidades cristãs e intérprete das necessidades e aspirações delas. A Igreja articula suas funções procurando dar respostas diferentes de acordo com os problemas que se apresentam no próprio caminho histórico, a fim de viver a comunhão, a responsabilidade comum e uma eficiente colaboração. 

Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

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