Em
cada vocação vivida, assumida e comprometida é um natal que acontece,
pois o próprio Deus vem habitar em nosso meio, assumindo nossa pobreza e
transformando-nos em homens e mulheres apaixonados pelo Reino. Segundo o
teólogo suíço Hans Urs Von Balthazar a paixão é “assumir a vontade de
outra pessoa como nossa própria vontade, na liberdade”. Então, é Deus
quem nasce em nós e entre nós convertendo-nos em pessoas capazes de
viver sua Vontade e assim assumindo que Ele é o tudo em nossa vida.
Assim, natal e vocação são experiências profundas que se ligam ao
percurso da história da Salvação manifestada no momento atual de nossa
existência. O Emanuel, o Deus esperado não fica apenas nos escritos
bíblicos, nas narrativas evangélicas, mas percorre a história,
estendendo a Eterna Aliança aos povos e chega até nós através do
compromisso assumido na vocação. Somos continuadores da missão que se
estabelece a partir da Revelação. Somos o povo escolhido que clama
incessantemente por ter a oportunidade de viver por Deus, com Deus e em
Deus.
Comparando
ainda o Natal do Senhor com a nossa vida vocacional, podemos asseverar
que cada SIM respondido na generosidade, mediante o diálogo de amor que é
a vocação (Deus que chama por amor, o ser humano que responde porque é
amado e quer amar, Deus que nos envia pois confia e ama infinitamente), o
Senhor vem habitar a manjedoura que é coração do ser humano, onde
encontra repouso, acolhida e compromisso.
Viver
o Natal da Vocação é assumir Deus e nossa vida, é compreender que Deus é
nossa vida, que Deus é a Vida. Deixemo-nos transformar na paixão vivida
no Natal da Vocação. E que a música entoada pelos anjos, que cantaram
na noite santa, seja o testemunho dos cristãos que se lançam na divina
aventura de viver pelo Evangelho, no momento presente.
FELIZ NATAL!
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