segunda-feira, 18 de março de 2013

Enfim, Francisco



O mundo ficou surpreso com o último Habemus Papam. Latino, jesuíta, Francisco.
O  266º papa da história ao adotar Francisco como nome de missão, nos transmite uma grande mensagem de esperança neste tempo de mudança. Há aproximadamente 790 anos, Francisco de Assis partia deste mundo, deixando-nos um exemplo de humildade, sendo um autêntico arauto do evangelho.
A vida do santo de Assis caracteriza-se pelo legitimo despojamento de riquezas, ambições, orgulho, e até as roupas que usava evidenciavam este estilo de vida tão controverso à Igreja de sua época.
A Igreja precisa de um novo Francisco de Assis. Papa Francisco é convidado, assim como o santo italiano, a ouvir a voz de Cristo crucificado que diz: “Vá reconstruir a minha Igreja que está desabando”. 
E a Igreja está “desabando” porque o Homem encontra-se perdido num mundo cada vez mais individualista, hedonista, pragmático. O papa precisa ser referência neste mundo, não só intelectual, mas de pastor que ama e cuida de suas ovelhas e está atento aos anseios do povo. E parece que ele quer fazer seu pontificado com o povo, prova disso foi o belo gesto de pedir a bênção aos fiéis do mundo inteiro em sua primeira exposição oficial. 
A apresentação dele foi uma demonstração de humildade. Em meio a toda a pompa vaticana surge um homem simples, surge um novo Francisco. Enfim, Francisco!
Que ele possa ajudar todas as pessoas de boa vontade a encontrarem Jesus Cristo, aquele que serve e dá a sua vida por todos, o Príncipe da Paz.
Todos os fiéis agora passam ao papa argentino: "Francisco, reconstrói a nossa Igreja. Seja um sinal de paz neste mundo de guerras. Seja um sinal de amor neste mundo indiferente. Seja um sinal de união neste mundo de discórdia. Seja um sinal de fé neste mundo cada vez mais descrente. Seja um sinal de justiça neste mundo desigual. Seja um sinal de alegria neste mundo apático. Seja um sinal de perdão neste mundo competitivo... Seja um verdadeiro instrumento de Deus na Terra."
Que Papa Francisco nos ajude a sermos verdadeiros discípulos missionários neste contexto de mudança de época, partindo sempre de Jesus Cristo. Em sua primeira homilia, na Capela Sistina, ele sabiamente diz: Quando caminhamos sem a cruz, edificamos sem a cruz e confessamos com Cristo sem cruz, não somos discípulos do Senhor. Somos mundanos, bispos, padres, cardeais, papas, mas não discípulos do Senhor. Que a Igreja olhe para a Cruz de Cristo e a partir dela busque o sentido de sua vida e missão neste mundo. Que a Igreja Povo de Deus encontre em Cristo Servidor o alimento e força na caminhada.
Papa Francisco, edifiquemos juntos a Igreja no sangue do Senhor!

Seminarista Lucas Endo Nitsche
Diocese de Apucarana

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